Filho de Otaviano Pereira da
Silva e Alexandrina Pereira da Silva. Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1932, na
cidade de Angical no estado da Bahia, e faleceu em 09 de setembro de 1991, em
Luziânia Go. Themisto, como era chamado teve 06 irmãos, Francisco, Zuza,
Armando, Gildete, Maria e outra que se mudou pra São Paulo e, até o presente, não se sabe do seu paradeiro.
A formação
escolar se restringiu a quarta série primária, entretanto sabia muito bem
escrever e desenvolver planilhas manuais e também levantamentos estatísticos em
virtude do cargo que ocupou durante quase toda sua vida como inspetor de
endemias rurais, equiparado ao agente de saúde pública nos dias atuais.
Em 31
de outubro de 1964 casou-se com Maria Luzia Caixeta da Silva, e dessa união
tiveram 06 filhos, Iêda Caixeta da Silva, Thales Caixeta da Silva, Aquiles
pereira Caixeta da silva, Claudia Caixeta da Silva, Flaviano Caixeta da Silva e
Raquel Caixeta da Silva.
Sr. Themisto, foi Funcionário
Público Federal, da antiga Sucam (Superintendência de Campanhas de Saúde
Pública), hoje Funasa, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. A Sucam
funcionava na Rua Coronel Antonio Carneiro, no mesmo local onde o Themisto
morou com sua família, por muitos anos, no velho casarão onde está localizada a
Promoção Social.
Além da dedicação ao trabalho e a família, ele foi um dos
importantes músicos da cidade, apresentando-se nas serestas, festas e saraus,
ao lado do talentoso saxofonista Mauro
Cabral, proprietário do glamouroso restaurante “Bar cristal”. Dentre os
principais autores interpretados por Themisto, lembra-se de Dilermando Reis,
com sua inesquecível composição intitulada “abismo de rosas” e “marcha de
marinheiro”, alem de tocar músicas de Vicente Celestino, Nelson Gonçalves e
Altemar Dutra. Ao lado de Mauro Cabral e
do seu inseparável violão, marca “Rei dos Violões”, fazia serenata na fazenda
do ex-presidente da republica Juscelino Kubistcheck de Oliveira, quando da sua
permanência na fazendinha “JK” aqui em Luziânia e juntos cantavam sua
inesquecível canção, “peixe vivo”.
Sua esposa nos conta que não demonstrava
muita simpatia pela sua atividade artística, principalmente aos finais de
semana quando ficava até altas horas, às vezes na madrugada a esperar pelo
companheiro. Num momento de desespero chegou a quebrar alguns de seus
instrumentos musicais na calçada na tentativa de mudar o estilo de vida, daquele que foi um dos
seresteiros da madrugada, e de nada adiantou, logo aparecia o Sr. Themisto com
um violão novinho, ensaiando uma nova música.
Hoje, com outros padrões de conforto e
conhecimento, ela tem outra opinião nos
afirma que compreende a vida do artista, que levou alegria, diversão e cultura
pra muita gente numa cidade ainda sem muitas opções de cultura e lazer naquela
época.
Com relação às lembranças que ela tem do velho casarão, se resume a
poucos comentários, pois foi momentos difíceis, muito trabalho, os meninos
ainda pequenos e extremamente dependentes da presença da mãe e do pai, mas um
tempo importante para ser lembrado no sentido de que possamos valorizar mais o
que foi construído e o que temos hoje.
(Por: José Álfio em colaboração: Maria Luzia Caixeta da
Silva)