Filho de Delfino Meireles e Maria
Alves Meireles. Nasceu no dia 17 de Janeiro de 1935, na cidade de Santa Luzia,
hoje Luziânia Goiás e faleceu no dia 25 de Dezembro de 1990. Luso, como era
chamado, teve 08 irmãos, Joaquim Meireles, Romeu Meireles, José Meireles,
Jeferson Meireles, Afrânio Meireles, Sérvula Aparecida Meireles, Helvécia
Meireles e Euza Meireles. Cursou apenas
o primário, no Colégio Epaminondas Roriz, e no curso ginasial, chegou a
matricular-se, porém em virtude dos sucessivos períodos de abandono, não o
conclui, talvez pela dedicação as atividades musicais, dentre as quais a mais
preferida e aos períodos festivos, principalmente os pousos de folia que
aconteciam na região.
Dono de uma voz primorosa, foi locutor de rádio,
trabalhou no Cartório de Registro de Imóveis do seu pai, participou da Sonata
de Luziânia ao lado de Antonio Março de Araujo (Mestre seu Vô). Musico nato,
Luso tocou em diversos bailes na cidade, principalmente no Clube Recreativo e
Cultural de Luziânia, e nas festas do Divino Espírito Santo, que acontecia no
coreto do largo da Matriz.
Em 08 de Dezembro de 1968, casou-se com Noemi de
Jesus Lima Meireles, e dessa união tiveram 02 filhos, Luzia de Lima Meireles e
Luzio de Lima Meireles. O casal morou em um casarão na Rua Coronel Antônio
Carneiro onde estabeleceu a loja de comercio de materiais elétricos, denominada
Eletroluz, que anos posteriores mudou-se para a travessa Epaminondas Roriz, em
prédio próprio.
Luso tocava Sax-tenor, violão, cavaquinho e clarineta. Sua
formação musical, vem de um aprendizado quase que solitário no contato do
dia-a-dia com o instrumento musical, o que lhe possibilitou um gosto refinado e uma técnica aprimorada dos valores
musicais. Como nos conta a Sra. Noemi Meireles, repetindo os clássicos da
época, “Luso só lia cabeça de nota o resto vinha da sua alma e talento musical,
pois como tocava de ouvido, ia sempre mais cedo do que os demais músicos, para
afinar os instrumentos da banda”.
Segundo
Noemi Luso recebeu uma influencia musical do mestre seu vô que determinou sua
formação musical e lapidou o seu talento, pois o contato com o mestre seu vô
era quase diário, e ele foi considerado
como o verdadeiro “Pai dos Músicos”.
Ela ainda guarda na lembrança as festas
animadas pelo som da clarineta do Luso em harmonia com outros instrumentos na
antiga Santa Luzia, principalmente os pagodes e bailes que aconteciam na casa
de parentes, amigos e na casa do sogro, Sr. Delfino Meireles, um dos maiores
marcadores de quadrilha da cidade. (por: José Àlfio com a colaboração de: Noemi
Meireles)