quarta-feira, 25 de novembro de 2015

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Relógio de parede. Pertenceu ao Sr. Bernardo Gonçalves Soares e Alcides Carneiro. Acervo de Ondina Maria Gonçalves.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Casarão do Sr. Bernardo Gonçalves Soares, depois de reconstruído no limite do lote , ao lado de construções modernas, estruturas do shopping da praça da matriz de Luziânia. Foto: José Álfio. Acervo da Ong-protegerlz

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Casarão do Sr. Bernardo Gonçalves Soares, quando próximo ao beco. O casarão foi demolido no ano de 1944, para ser edificado logo acima, no mesmo lote. Casarão alto de difícil manutenção ficava próximo ao beco. Em seguida aparece a casa do Sr. Epaminondas Roriz, e logo abaixo, a casa do Sr. José de Souza e mais abaixo, em frente a palmeira a parece o casarão do Sr. Jorge Salomão. A foto: Provavelmente um enterro seguido por moradores da antiga Luziânia. Acervo da Casa da Cultura.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Jorge Laquiz, Maria Batista, Edith Gonçalves Soares, Ana das Dores Batista (freira), Ondina Maria Gonçalves, Alcides Carneiro Gonçalves, Nazir Salomão.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Esio Carneiro e Ondina Maria Gonçalves. Foto: Acervo de Ondina Maria Carneiro.

BERNADO GONÇALVES SOARES


Aloysio Gonçalves Soares. Foto: acervo de Ondina Maria Gonçalves

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Nilza Gonçalves Soares e Aloysio Gonçalves Soares. Foto: Acervo de Ondina Maria Gonçalves.

BERNARDO GONÇALVES SOARES



Ondina Maria Gonçalves e Bernadete Batista. Na fazenda Chavier. Foto: Acervo de Ondina Maria Gonçalves.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Edith Gonçalves Soares. Ao fundo, casarão da fazenda Chavier, Luziânia Go. Foto: Acervo de Ondina Maria Gonçalves.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


Alcidis Carneiro, Eudóxia de Paiva Carneiro, Nazira Salomão. Foto: Acervo de Ondina Maria Gonçalves.

BERNARDO GONÇALVES SOARES


                                                BERNARDO GONÇALVES SOARES

            Filho de Isac Gonçalves Soares e Ana dos Passos de Araújo Melo.
            Sr Bernardo nasceu em 05 de agosto de 1897, era o terceiro filho da família tradicional de Luziânia, com sete irmãos, Maria do Rosário Gonçalves Soares, Antônio Gonçalves Soares, (Bernardo Gonçalves Soares), Boanerges Gonçalves Soares, Maurícia Gonçalves Soares, Odorico Gonçalves Soares, Henrique Gonçalves Soares e Edith Gonçalves Soares.
              Sr Bernardo Gonçalves Soares casou-se no ano de 1924, com Alcidis Carneiro, filha de José Carneiro de Mendonça e Estephânia Mendonça Roriz e deste casamento tiveram três filhos. Aloyzio Gonçalves Soares, Ondina Maria Gonçalves e Nilza Gonçalves Soares, que “faleceu quando tinha 03 anos de idade, acometida de uma doença que os antigos chamavam de “cruup”, espécie de meningite, infecção que não tinha cura na época,”. Conta-nos Ondina Maria Gonçalves
                Sr Bernardo dedicou as artes da marcenaria e carpintaria, atividade que mantinha menos como profissão e mais como entretenimento e hobby, chegando a executar peças do mobiliário antigo e reparos nas estruturas do casarão em que residia. Como nos informa sua filha Ondina Maria Gonçalves, “No ano de 1944, a casa que morávamos ficava na esquina, e era uma casa muito alta e de difícil manutenção, e meu pai mandou demolir a casa para construir no mesmo lote uma casa menor. O madeiramento, esteios, portais e portas, foram retirados para construção desta casa”.
                As lembranças do antigo casarão permanecem vivas na memória da Sra Ondina, especialmente com relação ao quintal do casarão e seus principais vizinhos. “Lembro do meu pai cuidando da hortaliça que mantínhamos ali, tudo preparado com adubo orgânico, sem agrotóxicos, e ficava encantada com a variedade de verduras que colhíamos dali”. Com relação a vizinhança é importante observar que: “O quarteirão todo pertencia a família de Alcidis Carneiro. Sendo que, o casarão acima do quintal pertenceu a José Carneiro Filho e o lado mais acima pertenceu ao Sr. Benedito Carneiro, esta casa ficava na esquina da rua do vai-e-vém. Na parte de baixo tinha um beco e do outro lado, ficava a casa do Sr. Epaminondas Roriz, e logo após encontrava-se a casa de José de Souza em seguida a casa do Sr. Jorge Salomão.”
            Sr. Bernardo foi Fazendeiro, Comerciante, Funcionário da Prefeitura Municipal de Luziânia e Corretor de Imóveis. Residiu e cuidou por muito tempo da fazenda que herdou do pai. Com a venda da fazenda aventurou-se no comercio dedicando-se a venda de tecidos numa loja que funcionou no antigo casarão da família da Sra Avelina Meireles, que fica na Rua Santíssimo Sacramento, em frente a Casa Alvorada. O casarão ainda encontra-se com as características preservadas, entretanto com modificações na fachada, onde as portas que serviram ao comercio foram substituídas por janelas.
            Na prefeitura trabalhou no Departamento Imobiliário, chegando ao cargo de chefe daquele setor. Foi proprietário da Fazenda Chavier, que fica próxima ao antigo arraial do mesquita, região da Cidade Ocidental. A fazenda integra uma área de aproximadamente 380 alqueires, e mantém suas características originárias com casarão colonial preservado, e hoje pertence a família da senhora Edith Gonçalves Soares, Irmã do Sr. Bernardo. A fazenda se destacou no plantio e produção do doce de goiaba e também da famosa marmelada de Santa Luzia.

           Sr. Bernardo era devoto do Divino Espírito Santo, católico fervoroso, freqüentava assiduamente a Igreja Matriz, principalmente nas festividades religiosas que acontecia na praça da matriz em frente a sua antiga residência.  Faleceu no dia 29 de junho de 1981 (por: José Álfio e Ondina Maria Gonçalves)

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O METEORITO DE SANTA LUZIA


Personalidades de Luziânia e o Meteorito de Santa Luzia.(No Museu Nacional do Rio de Janeiro). Corumbaci Reis Perdigão e Adelina dos Reis Meireles. Filhas de José Rodrigues dos Reis e Adelina dos Reis Meireles. Foto de 1985. Rio de Janeiro. Acervo: Casa da Cultura de Luziânia.

O METEORITO DE SANTA LUZIA


Sebastião Carneiro de Mendonça. Filho de Antônio Carneiro de Mendonça e Escholástica Soares Camargo. Sebastião Carneiro era esposo de Florentina Alves de Melo. Na foto, ao lado do Ex Prefeito de Luziânia Sr. Oscar Braz. Sr Sebastião Carneiro (Tantão) transportou o meteorito de Santa Luzia até Vianópolis, por um conto de réis. Foto: Acervo da Casa da Cultura de Luziânia.

O METEORITO DE SANTA LUZIA


Joaquim Machado de Araujo. Filho de Antônio Francisco de Araujo Melo e Libânia de Mello Alvares. Esposo de Zenóbia Afra Roriz. Joaquim Machado comprou de um lavrador, em 1920, fragmentos do meteorito. Foto: Acervo Academia de Artes e Letras do Planalto - Luziânia Go.)

O METEORITO DE SANTA LUZIA



O METEORITO DE SANTA LUZIA

De: Gelmires Reis

           Quando o supremo criador, dando expansão à sua infinita sabedoria, se dedicou ao trabalho de fazer surgir do nada, imensidades de mundos, com suas maravilhas e encantamentos, foi parcimonioso na confecção dos meteoritos, que Ele, justiceiro como é, vai distribuindo, no decorrer dos milênios, para as localidades de sua especial predileção, demonstrando carinhoso destaque para com nossa velha e querida Santa Luzia, hoje Luziânia, conforme demonstraremos no desenvolvimento deste modesto trabalho.

          De acordo com o parecer do ilustre Dr. Nei Vital, naturalista do Museu Nacional, esses pequenos corpos minerais, procedentes dos espaços interplanetários, quando se precipitam sobre a Terra, vem com incalculável velocidade e se incandescem, com o perigo de se fragmentarem, ao receberem o impacto do solo resistente. Entretanto, tal não se sucede, porque, antes de caírem definitivamente, dão uma volta para o alto, de pequena dimensão, que lhes amortece a intensidade primitiva, salvando-se, assim, essas preciosidades provocadoras de tanta admiração.

         Na repartição delas, foram beneficiadas as seguintes localidades com unidades de peso superiores a uma tonelada, de conformidade com a explicação abaixo:
         Tucuman, na Argentina, quinze mil quilos; Bendengó, no Brasil, cinco mil e trezentos quilos; Itanchito, no México, quatro mil e oitocentos quilos; Toba, na Argentina, quatro, mil e duzentos quilos; Melbourne, na Austrália, três mil quilos; e o nosso bem moldado SANTA LUZIA DE GOIÁS, Um mil, oitocentos e noventa quilos.

         Pela classificação acima, verifica-se que o nosso, ocupa o sexto lugar, no mundo; quinto na América; segundo no Brasil, e único em Goiás, que entrou no Museu Nacional, no dia cinco de novembro de 1928, onde se acha, ao lado do Bendengó, perpetuando o nome de nossa dadivosa terra.

           Das cinco partes do mundo, somente a América e a Oceania tiveram o privilégio de receber “As pedras do céu”, enquanto Europa, Ásia e África se danam de inveja e de despeito, em vista do descaso com que foram tratadas, cabendo como último recurso pedirem a São Jorge Guerreiro que lhes mande um pedaço de lua, a título de ficha de consolo.

           Deixemos em paz os inconformados e tratemos de apresentar aos nossos prezados leitores a História dos que nos pertencem, isto é, dos dois meteoritos, que caíram na vastidão desse nosso querido Brasil.

          Com relação ao primeiro, vamos transcreve o que o minucioso, paciente e louvável brasileiro Alfredo Moreira Pinto escreveu no seu monumental trabalho de três volumes, intitulado APONTAMENTOS PARA DICINÁRIO GEOGRÁFICO DO BRAZIL, edição de 1894, às páginas 248.

            Acreditamos ser essa a data certa da queda de nosso meteorito.

             O Dr. Joaquim Machado de Araújo comprou de um lavrador, em 1920, fragmentos desse meteorito, que vendeu a um viajante comercial. Este, por sua vez, o levou à Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922, sendo premiado com medalha de bronze e vendido por um  conto de réis a um cientista dos Estados Unidos  da América do Norte

             Corria o mês de novembro de 1927. O Sírio José Elias Salomão comprou de Raimundo Florêncio de Barros, por quarenta mil réis, um fragmento de meteorito. Em seguida, o mesmo vendedor negociou com o demente José Maria do Espirito Santo o total da “pedra” por um conto de réis, parte em dinheiro e parte em animais, fugindo para o garimpo do Garças, com receio dos protestos dos condôminos da fazenda.

            Como seu verdadeiro descobridor, Raimundo Bahiano, assim conhecido, não queria encrencas do os proprietários da fazenda Paiva e tratou de mudar da freguesia.

            Sabedor destes conhecimentos, tempos depois, fomos com o nosso Procurador Fiscal Adelino Braz de Queiroz ao local indicados pelos conhecedores do assunto, em 25 de abril de 1928, e munidos de pesada marreta emprestada por frei Vicente Maria Moreira, conseguimos tirar alguns fragmentos, que enviamos para o diretor da “Informação Goiana”, no Rio de Janeiro, major Henrique Silva, acompanhado de uma carta, com precisas informações referentes ao caso; outro para a Escola de Minas de Ouro Preto, solicitando classificação das amostras; e, finalmente, outro ao Dr. Antônio Borges dos Santos, Delegado da Exposição Ibero-Americana de Servilha, em Goiás.

Recebemos esta satisfatória resposta:

          “Escola de Minas de Ouro Preto, em 28 de maio de 1928. Sr. Gelmires Reis – Santa Luzia – Estado de Goiás. Respondendo sua carta de 30 de abril próximo passado, acompanhando uma pequena caixa de amostras para estudos que me solicita com urgência. Satisfazendo seu pedido, cabe-me informar que, efetivamente, trata-se de um meteorito autêntico pela composição e estrutura. Pelas dimensões que me comunica, não é ele um meteorito comum, já podendo entrar no rol dos grandes ferros. – A escola de Minas é um velho Instituto Federal que recebe de todo Brasil a mocidade que deseja aprender a ter curiosidade pelas coisas naturais do Brasil, de que possui uma das mais ricas coleções. E, velha Escola, que tanto tem concorrido para o conhecimento de nosso caro torrão, muito se honraria se pudesse ter o Santa Luzia em lugar de honra em sua coleção. Se V. Excia. Concorda com este destino pelo notável holosiderio, que é Santa Luzia, esta Diretoria providenciaria para sua vinda, e nessa hipótese seria fineza indicar a firma pela qual se efetuaria o transporte até Vianópolis, “Tavares”, e aproximadamente o custo desse transporte. – Aguardando a fineza de sua resposta, antecipo agradecimentos e com todo apreço subscrevo-me de V. S. Amo. Ato. e Obro. (assinado) Dr. Fleuri da Rocha, Diretor”.

                Por sua vez, o major Henrique Silva mandou-nos o certificado da análise que vai transcrita:
        “Boletim de Análise de uma amostra do meteorito SANTA LUZIA, apresentada pelo oficio nº 84.899 da Sociedade Nacional de Agricultura, proveniente de 18 Km. Da cidade de Santa Luzia, Goiás. – Um fragmento de 6,54 grs. Apresentava a seguinte composição: Fe 95.33%; Ni – 2,64; Cu – 2,22; Co – 0,42; P – 0,39; e R. I. 0,92 por cento – Rio de Janeiro, 20 de agosto de 1928 – Visto. (a) Eusébio de Oliveira, Diretor; Alexandre Giroto”.

                De posse desses documentos comprobatórios, fizemos barulho pela imprensa do Rio de Janeiro, auxiliado pelo entusiasmo do Dr. Câmara Filho, representante d’O GLOBO. O resultado não se fez esperar. O Dr. Antônio de Oliveira Lisboa, Secretario de Obas Públicas, em nome do Presidente do Estado, dr. Brasil Ramos Caiado, ofereceu o meteorito ao Museu Nacional. Em vista disso foi designado o naturalista Nei Vidal, para providenciar o transporte, aqui chegando no dia 11 de setembro de 1928, encontrando sempre a nossa boa vontade em prestar-lhe nossos serviços. Fizemos diversas viagens, a cavalo, ao local onde caiu o meteorito, batendo chapas fotográficas. – Já encontrou o ilustre emissário do Museu o resultado providências por tomadas, por ordem do Governo Estadual. Empreitamos com o Senhor Sebastião Caneiro, por um conto de réis, o transporte de meteorito até Vianópolis. 
               O embarque do mesmo, no local da queda, em 30 de agosto de 1928, foi muito trabalhoso. No dia imediato, chegou a nossa cidade, mas o carro quebrou, somente prosseguindo viagem, no dia 13 de setembro, sob a responsabilidade do representante do Museu. Dr. Nei Vidal. Em data de 15, houve o batismo do meteorito, na Ponte do Corumbá, com a presença de diversas autoridades locais, dando-se-lhe o nome de SANTA LUZIA DE GOIÁS. A ata do acontecimento histórico foi lavrada por nós e assinada por Nei Vidal, Artur Ribeiro, Escolástica Ribeiro, Clovis R. Esselin, Manoel Gonçalves da Cruz, Joaquim da Câmara Filho, Sebastião Carneiro de Mendonça, Alceu Galvão de Velasco, José Rodrigues do Reis e Augusto Barreto. Registrada no livro nº 1 de transcrições, de fls. 5 a 77, sob o nº 4, no Cartório do 2º Ofício de nossa cidade, pelo 2º tabelião José Otávio do E. Santo.
Resumo do Transporte: dia 17, em Vianópolis; embarcado, em 10 de outubro; dia 16, chegada em Araguari; dia 18, em Uberaba; dia 23, em Campinas, São Paulo, onde foi pesado; dia 26, seguiu para o Rio, com destino à Marítima, onde chegou a 3 de novembro, sendo removido para o Museu nacional, no dia 5.                                    
Guardamos com desvelado carinho, honrosos telegramas recebidos de autoridades federais e estaduais, louvando nossa dedicação, no cumprimento de ordens recebidas.
Pelo seu valor histórico somente transcrevemos o que segue:
“Intendente Municipal Gelmires Reis – Santa Luzia – Goiás – Tenho prazer comunicar recebimento meteorito SANTA LUZIA que ficará neste Museu recordando Torrão goiano. – Agradeço valioso concurso V.S. – Atenciosos cumprimentos. – (a) – Roquete Pinto, Diretor Museu Nacional” – Este telegrama está datado de 5 de novembro de 1928.
                Nossa modesta administração, iniciada em primeiro de novembro de 1927 e terminada em vinte de novembro de 1930, conseguiu imortalizar o nome de nosso querido berço natal com dois acontecimentos: O descobrimento e a remessa do meteorito de SANTA LUZIA DE GOIÁS, para o Museu Nacional e a publicação do nosso DICIONÁRIO GEOGRÁFICO DO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA, acompanhado do respectivo MAPA DESCRITIVO, que discriminam bem as grandezas e magnificências desta Terra abençoada por Deus, única em Goiás agraciada com o admirável “presente”, remetido dos desconhecidos espaços interplanetários com endereço certo, para lhe aumentar a fama e glória conquistadas, através dos tempos, desde seu descobrimento, por seus ilustres e dedicados filhos.
                Esperamos, agora, pacientemente, a transferência do Museu Nacional para a incomparável Brasília, a fim de podermos, demoradamente e vontade, admirar o nosso SANTA LUZIA DE GOIÁS, ao lado de seu irmão BENDENGÓ, do mensageiro eterno, que vieram dizer ao mundo o quanto o nosso maravilhoso BRASIL é amado querido até nas regiões das estrelas.


(Texto de Gelmires Reis, publicado no jornal O Popular de 13 de Junho de 1976, pag. 05. Dos recortes de jornais da Casa da Cultura. Digitalizado e Digitado por: José Álfio) Obs: Mais informação no portal do Museu de Astronomia e Ciências Afins: www.mast.br

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

PHILEMON FENELON MEIRELES


Vista da Rua Jose de Melo. No primeiro plano a direita, ao lado do fusca, casarão do Sr. Philemon Fenelon Meireles, Em frente, a esquerda, casa do Sr. Paulino Lobo, e logo adiante, casarão da Igreja Presbiteriana. O sobrado que aparece atras do Fusca, com apenas uma janela na lateral, destina-se ao Centro de Convivência dos Idosos. Ali funcionou o atelier do pintor D.J. de Oliveira, no ano de 1973. O menino, no fusca, Simeão Neto, filho de Lucas Ferreira de Brito.(filho de Pérola Meireles de Brito). foto Acervo de: Maria Eunicia de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES

Casarão do Sr. Philemon Fenelon Meireles e Maria Alves Bitencourt. Foto: 2005. Acervo: Ong-protegerlza

PHILEMON FENELON MEIRELES


Casarão da Igreja Presbiteriana. O casarão fica na rua José de Melo, antiga Rua da Cadeia, centro de Luziãnia Go. " O tio José Inácio Roriz, trouxe de Paracatu MG, o evangelho para a cidade de Luziânia..." Foto. Acervo de: Pérola Meirelles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Bateia. Objeto utilizado nas atividades ligadas ao garimpo. Confeccionada em cobre, Mede 30 cm de circunferência, aproximadamente. "Era comum a presença da pedra de cristal e pequenas quantidades de ouro que existiram nas terras do Sr. Philemon." (Perola Meirelles). Acervo de Pérola Meirelles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Pratos de Balança. Objeto confeccionado em bronze. Utilizado na aferição do ouro e pedras preciosas, alem de outros minerais, vegetais etc. Pertenceu ao Sr. Philemon Fenelon Meirels e Dan Maria Alves Bitencourt. Acervo de: Pérola Meireles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Pesos para Balança. Pequenos objetos do garimpo confeccionados em bronze. Utilizados na aferição do ouro e pedras preciosas. Pertenceu ao Sr. Philemo Fenelon Meireles e Dna Maria Alves Bitencourt. Acervo de: Pérola Meireles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Pote de Cerâmica. Pertenceu ao Senhor Philemon Fenelom Meireles e Maria Alves Bitencourt, objeto oriundo da Fazenda Costa, utilizado para feitura do vinagre, licores e outros produtos para consumo na fazenda. Acervo de: Pérola Meirelles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Nazira Meirelles dos Santos, Pérola Meirelles de Brito, Crisolita Meirelles, Cornelita Meirelles Silveira. Foto: Acervo de Pérola Meirelles de Brito.

PHILEMON FENELON MEIRELES


Nazira Meirelles dos Santos e Pérola Meirelles de Brito. Foto. Acervo de: Pérola Meirelles

PHILEMON FENELON MEIRELES


Maria Alves Bitencourt e Cornelita Meirelles Silveira.Foto 1950. Acervo de: Pérola Meireles

PHILEMON FENELON MEIRELES


Philemon Fenelon Meireles e amigos. De terno preto com cavaquinho. Demais figurante, (em identificação). Foto:Acervo de Pérola Meireles

PHILEMON FENELON MEIRELES


Maria Alves Bitencourt. Foto: Acervo de Crisolita Meireles

PHILEMON FENELON MEIRELES

            
          Filho de Francisco José Meireles e Amélia Deolinda Roriz. Nasceu em 27 de Janeiro de 1880. Pouco se sabe do período da infância. Segundo sua filha, Pérola Meireles de Brito, “Ele foi Juiz de Direito, Delegado, Conselheiro (antigo vereador) e também Presbítero, além de proprietário de várias fazendas e imóveis na antiga cidade de Luziânia”.
            No dia 04 de Junho de 1917, Philemon Fenelon Meireles casou-se com Maria Alves Bitencourt, e desse casamento tiveram 12 filhos: Amélia Meirelles Leverger, Ayres Meirelles, Andreia Meirelles dos Reis, Abel Meirelles, Adbel Meirelles, Alzira Meirelles Dutra, Pérola Meirelles de Brito, Gester Meirelles, Nazira Meirelles dos Santos, Erasmo Meirelles, Chrisolita Meirelles, Cornelita Meirelles Silveira.
                Proprietário de grandes fazendas na região, numa área compreendida em três mil alqueires com sede a poucos quilômetros de Luziânia, “da cabeceira do costa até no salgado, na beira do Rio São Bartolomeu até a fazenda Santo Antônio de sua propriedade, perfazia a extensão das terras do meu pai”, nos conta Pérola Meirelles. Na fazenda Costa, uma das principais, possuía Engenho para feitura do açúcar e também da rapadura, além do vinagre e licores e outros produtos para o consumo na fazenda, que contava com um plantel com mais de 300 cabeças de gado. O acesso a fazenda era feito através dos animais de montaria, num percurso que consumia aproximadamente, duas horas do dia, e curioso que feito sobre o lombo de Burros ou Mulas, “meu pai não gostava de andar a cavalo”.
                Não temos ainda, registros imagéticos da sede da Fazenda Costa, pois a mesma foi demolida em data ainda incerta, entretanto, a filha do Sr. Philemon guarda na memória momentos de lazer e diversão na fazenda, do tempo quando ainda criança, “Ao lado do meu pai e irmãos, saiamos para pescar no leito do Rio São Bartolomeu, momentos de muita alegria, retirávamos da terra as iscas, e pegávamos vários peixes, desde piabas até o bagre que existia em quantidades naquele rio... nos passeios inesquecíveis”. Outro costume bastante peculiar do Sr Philemon foi da atividade ligada ao garimpo, pois com a proximidade da cidade de Cristalina GO, era comum a presença da pedra do cristal e pequenas quantidades de ouro que existiu nas terras do Sr. Philemon, nos fala com muita emoção Pérola Meirelles.
                Além das fazendas, o Sr, Philemon mantinha um casarão colonial na cidade de Luziânia, na antiga Rua da Cadeia, hoje Rua José de Melo onde manteve comércio de secos e molhados. O casarão, de portais de aroeira e telhas de barro com imenso quintal foi recebido como herança da mãe, Amélia Deolinda Roriz.  As portas comerciais foram retiradas e a construção adaptada com a retirada de alguns cômodos para dar lugar a uma nova construção na lateral do imóvel.
No tempo do comércio, “Ele buscava tecidos, cereais e ferramentas diversas em Araguari MG, para provimento do armazém que mantinha em um dos cômodos frontais da casa.” Sobre a participação dos filhos na administração do comercio é importante notar que, “os filhos não participavam dos negócios comerciais, pois freqüentavam a escola Americano do Brasil que ficava na Rua Coronel Antonio Carneiro”.  Ressalta a Senhora Pérola Meirelles.
                No tempo em que o Sr. Philemon foi presbítero, membro do Conselho da Igreja Presbiteriana Independente, bem como em outras ocasiões sociais e políticas, manteve o costume de usar vestimentas que lhe impunha certo destaque no ambiente social. “Ele gostava de usar ternos de Brin na cor caqui, (cor de terra) e também usou ternos de linho branco, com chapéu de feltro.” (Pérola Meirelles)
                 A religiosidade foi constante nos dias que marcaram sua jornada aqui na terra, pois como nos informa Pérolo Meirelles, “O tio, José Inácio Roriz, trouxe de Paracatu MG, o evangelho para a cidade de Luziânia, convertendo a mãe, Amélia Deolinda Roriz, e assim ele (Filemon) seguiu os princípios e crenças da mãe.” (Pérola Meirelles). O Senhor Philemon Fenelon Meireles faleceu em 1957, com 77 anos, diagnosticado com pneumonia e foi sepultado na fazenda “Piancó” onde existiu um cemitério, em Santa Luzia, hoje cidade de Luziânia.

(Por: José Álfio e Pérola Meirelles)

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Casarão da Igreja Presbiteriana. Neste casarão tinha um órgão (instrumento musical) que a senhora Laiz Leverger tocou por mais de 10 anos.Foto: José Álfio. Acervo: Ong-protegerlza

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Casarão do Telegrafo. Pertenceu ao Sr. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles. Situava-se na antiga Rua Treze de Dezembro, atual Rua Coronel Antônio Carneiro, em Luziânia GO. Foto. Acervo de: Laís Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER

Tinteiro de metal. Peça em metal fundido para acondicionamento de tintas, utilizado nos Serviços do Correio e Telegrafo de Luziânia. Na parte superior, tampas flexíveis para colocação da tinta. Objeto de uso do Sr. Sebastião Augusto Ferreira Leverger. Acervo: Espólio de Mirthes Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Cadeira Giratória em Jacarandá. Com trançado em palhinha sintética pertenceu ao Sr. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e integrou as instalações mobiliárias do Correio e Telegrafo de Luziânia. Acervo : Espólio de Mirtes Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Geralda Aparecida Reis, Salustiano Barbosa dos Santos (Guarda Fio), Laís Leverger. Foto. Acervo de : Laís Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger e Dalci Leverger, momento de preparativos para o dia de finados, em frente ao casarão onde funcionou o Telégrafo de Luziânia. Mais a frente, aparece o casarão de Benedita da Silva Ribeiro "Benditinha", na antiga Rua Treze de Dezembro, atual Coronel Antônio Carneiro. Foto. 02/11/1948. Acervo de Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger. Filha de Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles, Artista Plástica e Musicista, tocou órgão por mais de dez anos na primeira Igreja Presbiteriana de Luziânia. Foto. 1944. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger, Wilde Leverger e Mirthes Leverger. Foto. 1927, Estúdio fotográfico do Sr. Antônio Retratista. Acervo de: Aída Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Em pé. Lais Lewerger, Wilde Leverger e Mirthes Leverger. Sentadas: Zilda Leverger, Maria de Lourdes (com boneca), Lizenor Lizete Meireles, Aída Leverger (no colo), Ione Leverger, Zilda Leverger. Foto. 14/04/1942. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Lizenor Lizete Meireles. Nasceu em Luziânia, em 1900 e faleceu em 1944. Foi criada com os cuidados e mimos que os pais podiam lhe proporcionar nos padrões da época com presentes que iam de imóveis a peças de ouro. Foto. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Lizenor Lizete Meireles, Filha de Henrique Meireles e Zenóbia Deolinda Roriz. Considerada primeira pintora de Luziânia. Foto. Acervo de: Mirthes Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER



      Nasceu em 19 de Janeiro de 1896, na cidade de Morrinhos Go. Filho de Ernesto Augusto Ferreira Leverger e Francelina Júlia de Figueiredo, que faleceu de parto em 1901. Sabe-se que Ernesto Augusto Leverger, foi médico, oficial do exército, nasceu em Santa Cruz de Goiás em 1850 e faleceu em Morrinhos Go, em 1909.
     Importante destacar que O Sr. Ernesto Augusto Leverger era descendente do “Barão de Melgaço”, Augusto Leverger biografado por Visconde de Taunay.  Augusto Leverger “Barão de Melgaço” nasceu em Saint-Malô, França, em 1809 e faleceu em Cuiabá MT, em 1880, com 78 anos de idade. Ele foi presidente da província de Mato Grosso por dois mandatos, francês considerado herói da Guerra do Paraguai e que lutou ao lado do Brasil. Sua espada, instrumento bélico, arma da guerra encontra-se em exposição no Museu Histórico de Cuiabá MT.
      Sebastião Augusto Ferreira Lewergger ficou órfão de mãe com apenas 5 anos de idade e de pai aos 13 anos. “Com a morte da mãe, Sebastião Lewergger, juntamente com irmãos foi morar na residência do seu padrinho e também tutor, Coronel Hermenegildo Lopes de Moraes, em Vila Bela de Nossa Senhora do Carmo, Morrinhos GO, período em que desenvolveu os estudos escolares e também aprendeu o ofício de telegrafista”. Nos conta sua filha Mirthes Leverger.
      Na Década de vinte, depois de uma temporada em Cristalina, Sebastião Augusto Ferreira Lewergger muda-se para Santa Luzia, hoje cidade de Luziânia para implantação dos serviços do telegrafo, nesta época casou-se com Lizenor Lizete Meireles, considerada primeira pintora de Luziânia, filha única de Henrrique Meireles e Zenóbia Deolinda Roriz. ”A Minha mãe mantinha um atelier no fundo da casa do telegrafo, onde pintava os quadros à óleo” nos conta Laís Leverger. Por ser filha única Lizenor foi criada com os cuidados e mimos que os pais podiam lhe proporcionar nos padrões da época com presentes que iam de imóveis a peças de ouro. “O meu avô, Henrrique Roriz Meireles era chamado de Tetête e ofereceu de presente pra minha mãe, uma tesoura de ouro pra ela cortar as unhas, além de muitos bens, que incluía casas e fazendas, mas que muito se perdeu em função da pratica do jogo, muito comum na sociedade daquela época, das apostas, empreendidas pelo esposo, nos cassinos da cidade”, nos conta Aida Leverger.
        Importante frisar que a Zenóbia Deolinda Meireles foi considerada como representante da única família de evangélicos em Luziânia, naquela época, seguida por membros dos matos que “frequentavam a igreja presbiteriana que existiu em um casarão na Rua José de Melo. Neste casarão funcionou a Igreja Presbiteriana de Luziânia, ali tinha um órgão que toquei por mais de 10 anos”, nos conta Laiz Leverger Piccirilli. 
        Do casamento de Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles tiveram 11 filhos: Lais Leverger Picirilli, Mirtes Leverger Picirilli, Wilde Leverger, Sebastião Leverger Filho (falecido), Zilda Leverger Barbosa, Dalci Leverger (falecida), Maria Dalci Leverger de Queiroz, Ione Leverger de Melo, Maria de Lurdes Leverger Prates, Aida Leverger de Araújo, Jose Leverger (falecido)
         O casarão onde funcionou o primeiro telégrafo de Luziânia ficava na rua 13 de dezembro que passou a chamar Rua Coronel Antônio Carneiro. O casarão pertenceu à família de Henrique Meireles e integrou o patrimônio de Lizenor Lizete Meireles. “Na casa tinha um cômodo onde funcionaram os equipamentos do telegrafo, e tinha um quintal imenso, que ia de uma rua a outra, cheio de plantas do café que colhíamos para o ano inteiro, além de outras qualidades de frutas”.
        Os equipamentos do telegrafo ficaram na memória das filhas principalmente da Dona Mirthes Leverger que foi operadora do telegrafo. “Lembro-me das garrafas com líquido azul, mistura de sulfato de cobre com zinco, de onde saiam fios, uma espécie de bateria preparada em casa mesmo que fazia funcionar o morse.  Um aparelho quadrado com uma espécie de martelinho para enviar os sinais para serem decodificados. Marca Siems Halske”
    O funcionamento do telegrafo se integrou aos serviços do correio ficando na memória dos administradores do telegrafo personalidades que contribuíram para o progresso da comunicação nacional, Salustiano Barbosa dos Santos e Benedito de Araújo Melo, que fazia a parte administrativa recebia e despachava correspondências, Além de Antônio Reis, que foi funcionário dos correios e telégrafos e o guarda fio, Argemiro da Fonseca Pinto, Francisco Elias Meireles, Gentil Meireles, e Salazar.
      Sebastião Augusto Ferreira de Lewergger, no ano de 1944 perdeu sua esposa que, faleceu por problemas de parto aos 40 anos de idade. Mudando-se para Goiânia deixou o correio e telégrafos aos cuidados da filha Mirthes Leverger. Em Goiânia Casou-se com Rosita Godinho, natural de Goiás Velho.

      Fato curioso digno de nota se refere ao pseudônimo “Ferreira” ligado ao seu nome: “No terceiro casamento do meu pai, A Baronesa de Limeira, Dona do Jornal do Brasil, veio a Goiânia solicitar a retirada do pseudônimo Ferreira, para que assim, juntamente com dois oficiais das Agulhas Negras recebesse uma herança ligada à família Leverger, e com a recusa, ele preservou o nome da mãe e não quis a herança”. Nos fala a artista plástica e também pintora Laís Leverger. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger faleceu em 18 de novembro de 1978, na cidade de Goiânia GO. 
         (Por José Álfio, Mithes Leverger, Laís Leverger, Aída Leverger, alem de dados históricos do livro: Do Barro Preto ao Planalto Central de Bento Fleury e Dr. Lúcio Arantes), Conforme atualização de dados propostos por: Lizenor Lizete Meireles.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ADELINO ELIAS DOS REIS


Mão de faríz. (comumente conhecido como socador de alho). Objeto confeccionado em bronze. Pertenceu ao Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Utensilio doméstico utilizado para triturar condimentos.Mede 18 X 14 aproximadamente. Acervo: Geny Cecilia dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Chave do casarão do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Confeccionada em ferro fundido, medindo aproximadamente 12 cm. Acervo de: Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Casarão do Sr Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Situava-se na antiga Rua Dez de Novembro, hoje Coronel Antônio Carneiro, neste casarão funcionou a loja comercial do Sr. Adelino. O casarão ficava anexo a dois terrenos usados na sua maior parte como pasto e na menor como quintal com árvores frutíferas. Foto: Acervo: Ong-protegerlza.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Lenir Adelino Reis. Filho de Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Agrimensor e exímio professor de matemática. Lecionou nas principais escolas de Luziânia. Elaborou um fabuloso manuscrito com a historia do Sr Adelino Elias dos Reis. Foto: Acervo de Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Haydeia Chaves Reis. Filha do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Foto 1943. "Os atributos da beleza lhe renderam o título de Miss Luziânia.Entretanto não deu muita importância ao título dedicando-se a parte religiosa e intelectual" (Geny Cecília dos Reis). foto acervo de: Geny Reis.  

ADELINO ELIAS DOS REIS


Geny Cecília dos Reis. Filha do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Atuou na área do ensino com coragem e determinação desde o ano de 1958 quando do inicio da construção de  Brasilia se tornando pioneira de destaque da região. Foto. Acervo de: Geny Cecília dos Reis

ADELINO ELIAS DOS REIS


Família do Sr. Adelino Elias dos Reis. Sentados: Itamar José dos Reis, Luzia Chaves Roriz, Maria Chaves do Rosário (No colo, a Neta de Dna Luzia, Elza Rodrigues Chaves), Geraldo Rodrigues da Costa (Genro de Dona Luzia Chaves) e a filha do Sr.Geraldo, Eliene Rodrigues Chaves. Em pé: Alair Chaves Reis, Nilo Chaves Reis, Geny Cecília dos Reis, Haydeia Chaves Reis, Diná Chaves Reis, Lenir Adelino Reis.Foto: 1950. Acervo de: Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Foto: 1920. Acervo de: Geny Cecilia dos Reis

ADELINO ELIAS DOS REIS



Adelino Elias dos Reis Nasceu em 12 de novembro de 1872 em Santa Luzia, hoje Luziânia Go. Filho de Manoel Elias dos Reis e Margarida Alves de Mendonça, família tradicional da antiga Santa Luzia. Seus pais tudo fizeram para criar os seus filhos na religião e na honestidade.
                No ano de 1920 casou-se com Luzia Chaves Roriz tendo os seguintes filhos: Maria Chaves do Rosário, Haydeia Chaves  Reis, Geny Cecília dos Reis, Ithamar José dos Reis, Diná Chaves  Reis, Lenir Adelino Reis, Nilo Chaves Reis, Alair Chaves Reis.
                Adelino Elias dos Reis foi proprietário do sítio Almeida  e ali, “fabricava telhas e tijolos na olaria que tinha, a margem esquerda do Rio Vermelho nas proximidades da cidade” nos conta seu filho Lenir Adelino Reis.  Em 12 de abril de 1927 comprou o sítio Fumal compreendido em 30 alqueires de terra de boa qualidade e pastagem, situada a mais ou menos três quilômetros do centro da cidade.  Na fazenda “desenvolvia atividades agrícolas, fazia farinha, goma rapadura, cuja cana era moída numa engenhoca, hortaliças etc”. (Lenir Adelino Reis)
Sua filha, Geny Cecília dos Reis nos conta da época em que freqüentava a fazenda “Tenho saudade das sombras das árvores, e principalmente da quantidade de frutas do quintal. Naquele tempo as famílias eram unidas, íamos quase todos os dias pra fazenda em função da proximidade com a nossa casa de morar. A sede da fazenda era de edificação bastante rústica, e com o passar do tempo foi abandonada e perdendo suas estruturas, deteriorando-se ruiu-se ao chão,  não restando vestígios da sua construção”
Sr. Adelino  foi proprietário de um fabuloso casarão onde residiu por muito tempo juntamente com sua família. Situava-se na Rua Dez de Novembro, hoje, Coronel Antônio Carneiro, “uma casa colonial grande, anexa a dois terrenos de 4 alqueires, usados na sua maior parte como pasto e na menor como quintal com árvores  frutíferas. Havia à distância de uma quadra, outra casa rústica que nós chamávamos de chacrinha. Realmente estas propriedades constituíam uma chácara dentro da cidade. A última casa era sempre cedida ou alugada”. (Lenir Adelino Reis). Estas áreas localizavam-se na parte oeste da rua, na direção do setor fumal, local da antiga fazenda.  
Importante ressaltar que: “Os pastos, já mencionados eram separados um do outro pela “Rua do Sossego” que mais parecia um risco de chão batido, mais adiante enfeitada por uma fileira de bambuzal. O pasto anexo às casas era cercado a muro com adobes e com o histórico muro de barro revelando a presença do trabalho escravo. Outro era cercado por cerca de arame e valo”. (Lenir Adelino Reis).
O casarão foi construído pelo Sr. Adelino, como nos conta a Sra Geny “Meu pai  equipou  os cômodos da casa com móveis colônias de madeira de lei, mantendo assim todo o conforto da época , além disso, trouxe água  do fumal até a nossa residência. A água limpa e cristalina chegava através de um pequeno leito e passava pela casa, quintal e o curral que ficava logo ao lado da nossa casa.” Entre os vizinhos do casarão é importante ressaltar os laços familiares que sempre uniu o casal e as famílias locais. A Sra Geny cita entre os vizinhos a sua tia Luca (Lucrécia Alves de Mendonça) que visitava freqüentemente, e também o seu Tio, Sebastião Elias dos Reis, com residência próxima a família do Sr. Adelino.
Neste casarão o Sr. Adelino manteve um a loja de comercio de roupas, ferramentas e acessórios por muitos anos. A Sra Geny nos conta que “as mercadorias vinham de São Paulo  e um viajante por nome de Costinha vendia as mercadorias para o meu pai. Naquele tempo, nos todos éramos pequenos e não participava diretamente da administração da loja,”
Sr. Adelino, homem honrado, humilde e trabalhador, amava sua família para qual viveu intensamente, juntamente com a participação da sua esposa Luzia Chaves Roriz. “Mãe era uma pessoa muito caridosa. Fez centenas de partos, a maioria de seus netos e netas, foram assistidos por ela com total sucesso. Adquiriu com o Dr Americano muita prática. Ele era compadre da minha mãe por ter batizado o filho Itamar”. Dos filhos casados, legaram nossos pais, 29 netos, 45 bisnetos, 18 trinetos e 01 tataraneto. (Lenir Adelino Reis)

Devido a sua cidadania, dignidade e nobreza de caráter foi concedido ao Sr. Adelino Elias dos Reis, “Posto de Major” pelo Presidente da República Dr Delfim Moreira da Costa Ribeiro que na época substituía o presidente eleito, Dr. Rodrigues Alves”.  ( Lenir Adelino Reis). Sr. Adelino Elias dos Reis, faleceu em 04 de setembro de 1942. (por: José Álfio, Geny Cecília dos Reis e Lenir Adelino Reis)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

TAMBORIL DE LUZIÂNIA GO


Casarões e Tamboril. Praça Guimarães Natal e início da Rua Cel. Antônio Carneiro. O casarão a esquerda pertenceu ao Sr. Joaquim de Araújo Melo. Do lado direito, aparece parte do sobrado que pertenceu ao Sr. Alfredo Machado (sobrado do Trajaninho como era conhecido), outros casarões não aparecem na foto, em função do ângulo do fotógrafo. Na direção do poste, aparece o casarão do Sr. Cristovão Roriz, em seguida o casarão do Sr. Francisco Machado de Araújo, mais tarde residencia ou propriedade do Sr. Deodato da Costa Meireles, e em seguida, o casarão com escada frontal, foi do Sr. Joaquim Mendonça roriz, pai do Sr. Antônio de Araújo Roriz. Foto: Acervo casa da cultura de Luziânia. ( colaboração: Gilson Roriz e Eneida Roriz)