quarta-feira, 25 de novembro de 2015
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES SOARES
BERNARDO GONÇALVES
SOARES
Filho de
Isac Gonçalves Soares e Ana dos Passos de Araújo Melo.
Sr Bernardo nasceu em 05 de agosto
de 1897, era o terceiro filho da família tradicional de Luziânia, com sete
irmãos, Maria do Rosário Gonçalves Soares, Antônio Gonçalves Soares, (Bernardo
Gonçalves Soares), Boanerges Gonçalves Soares, Maurícia Gonçalves Soares,
Odorico Gonçalves Soares, Henrique Gonçalves Soares e Edith Gonçalves Soares.
Sr Bernardo Gonçalves Soares
casou-se no ano de 1924, com Alcidis Carneiro, filha de José Carneiro de
Mendonça e Estephânia Mendonça Roriz e deste casamento tiveram três filhos.
Aloyzio Gonçalves Soares, Ondina Maria Gonçalves e Nilza Gonçalves Soares, que “faleceu
quando tinha 03 anos de idade, acometida de uma doença que os antigos chamavam
de “cruup”, espécie de meningite, infecção que não tinha cura na época,”. Conta-nos
Ondina Maria Gonçalves
Sr Bernardo dedicou as artes da
marcenaria e carpintaria, atividade que mantinha menos como profissão e mais
como entretenimento e hobby, chegando a executar peças do mobiliário antigo e
reparos nas estruturas do casarão em que residia. Como nos informa sua filha
Ondina Maria Gonçalves, “No ano de 1944, a casa que morávamos ficava na
esquina, e era uma casa muito alta e de difícil manutenção, e meu pai mandou
demolir a casa para construir no mesmo lote uma casa menor. O madeiramento,
esteios, portais e portas, foram retirados para construção desta casa”.
As lembranças do antigo casarão permanecem
vivas na memória da Sra Ondina, especialmente com relação ao quintal do casarão
e seus principais vizinhos. “Lembro do meu pai cuidando da hortaliça que
mantínhamos ali, tudo preparado com adubo orgânico, sem agrotóxicos, e ficava
encantada com a variedade de verduras que colhíamos dali”. Com relação a
vizinhança é importante observar que: “O quarteirão todo pertencia a família de
Alcidis Carneiro. Sendo que, o casarão acima do quintal pertenceu a José
Carneiro Filho e o lado mais acima pertenceu ao Sr. Benedito Carneiro, esta
casa ficava na esquina da rua do vai-e-vém. Na parte de baixo tinha um beco e
do outro lado, ficava a casa do Sr. Epaminondas Roriz, e logo após
encontrava-se a casa de José de Souza em seguida a casa do Sr. Jorge Salomão.”
Sr. Bernardo foi Fazendeiro, Comerciante, Funcionário
da Prefeitura Municipal de Luziânia e Corretor de Imóveis. Residiu e cuidou por
muito tempo da fazenda que herdou do pai. Com a venda da fazenda aventurou-se
no comercio dedicando-se a venda de tecidos numa loja que funcionou no antigo
casarão da família da Sra Avelina Meireles, que fica na Rua Santíssimo
Sacramento, em frente a Casa Alvorada. O casarão ainda encontra-se com as
características preservadas, entretanto com modificações na fachada, onde as
portas que serviram ao comercio foram substituídas por janelas.
Na prefeitura trabalhou no
Departamento Imobiliário, chegando ao cargo de chefe daquele setor. Foi
proprietário da Fazenda Chavier, que fica próxima ao antigo arraial do
mesquita, região da Cidade Ocidental. A fazenda integra uma área de
aproximadamente 380 alqueires, e mantém suas características originárias com
casarão colonial preservado, e hoje pertence a família da senhora Edith Gonçalves
Soares, Irmã do Sr. Bernardo. A fazenda se destacou no plantio e produção do
doce de goiaba e também da famosa marmelada de Santa Luzia.
Sr. Bernardo era devoto do Divino
Espírito Santo, católico fervoroso, freqüentava assiduamente a Igreja Matriz,
principalmente nas festividades religiosas que acontecia na praça da matriz em
frente a sua antiga residência. Faleceu
no dia 29 de junho de 1981 (por: José Álfio e Ondina Maria Gonçalves)
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
O METEORITO DE SANTA LUZIA
O METEORITO DE SANTA LUZIA
O METEORITO DE SANTA LUZIA
O METEORITO DE SANTA LUZIA
O METEORITO DE SANTA LUZIA
De: Gelmires Reis
Quando o supremo criador, dando
expansão à sua infinita sabedoria, se dedicou ao trabalho de fazer surgir do
nada, imensidades de mundos, com suas maravilhas e encantamentos, foi
parcimonioso na confecção dos meteoritos, que Ele, justiceiro como é, vai
distribuindo, no decorrer dos milênios, para as localidades de sua especial
predileção, demonstrando carinhoso destaque para com nossa velha e querida
Santa Luzia, hoje Luziânia, conforme demonstraremos no desenvolvimento deste
modesto trabalho.
De acordo com o parecer do ilustre
Dr. Nei Vital, naturalista do Museu Nacional, esses pequenos corpos minerais,
procedentes dos espaços interplanetários, quando se precipitam sobre a Terra,
vem com incalculável velocidade e se incandescem, com o perigo de se
fragmentarem, ao receberem o impacto do solo resistente. Entretanto, tal não se
sucede, porque, antes de caírem definitivamente, dão uma volta para o alto, de
pequena dimensão, que lhes amortece a intensidade primitiva, salvando-se,
assim, essas preciosidades provocadoras de tanta admiração.
Na
repartição delas, foram beneficiadas as seguintes localidades com unidades de
peso superiores a uma tonelada, de conformidade com a explicação abaixo:
Tucuman, na Argentina, quinze mil
quilos; Bendengó, no Brasil, cinco mil e trezentos quilos; Itanchito, no
México, quatro mil e oitocentos quilos; Toba, na Argentina, quatro, mil e
duzentos quilos; Melbourne, na Austrália, três mil quilos; e o nosso bem
moldado SANTA LUZIA DE GOIÁS, Um mil, oitocentos e noventa quilos.
Pela classificação acima, verifica-se
que o nosso, ocupa o sexto lugar, no mundo; quinto na América; segundo no
Brasil, e único em Goiás, que entrou no Museu Nacional, no dia cinco de
novembro de 1928, onde se acha, ao lado do Bendengó, perpetuando o nome de
nossa dadivosa terra.
Das cinco partes do mundo, somente a
América e a Oceania tiveram o privilégio de receber “As pedras do céu”,
enquanto Europa, Ásia e África se danam de inveja e de despeito, em vista do
descaso com que foram tratadas, cabendo como último recurso pedirem a São Jorge
Guerreiro que lhes mande um pedaço de lua, a título de ficha de consolo.
Deixemos em paz os inconformados e
tratemos de apresentar aos nossos prezados leitores a História dos que nos
pertencem, isto é, dos dois meteoritos, que caíram na vastidão desse nosso
querido Brasil.
Com relação ao primeiro, vamos
transcreve o que o minucioso, paciente e louvável brasileiro Alfredo Moreira
Pinto escreveu no seu monumental trabalho de três volumes, intitulado
APONTAMENTOS PARA DICINÁRIO GEOGRÁFICO DO BRAZIL, edição de 1894, às páginas
248.
Acreditamos ser essa a data certa
da queda de nosso meteorito.
O Dr. Joaquim Machado de Araújo
comprou de um lavrador, em 1920, fragmentos desse meteorito, que vendeu a um
viajante comercial. Este, por sua vez, o levou à Exposição Internacional do Centenário
da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1922, sendo premiado com
medalha de bronze e vendido por um conto
de réis a um cientista dos Estados Unidos da América do Norte
Corria o mês de novembro de 1927.
O Sírio José Elias Salomão comprou de Raimundo Florêncio de Barros, por
quarenta mil réis, um fragmento de meteorito. Em seguida, o mesmo vendedor
negociou com o demente José Maria do Espirito Santo o total da “pedra” por um
conto de réis, parte em dinheiro e parte em animais, fugindo para o garimpo do
Garças, com receio dos protestos dos condôminos da fazenda.
Como seu verdadeiro descobridor,
Raimundo Bahiano, assim conhecido, não queria encrencas do os proprietários da
fazenda Paiva e tratou de mudar da freguesia.
Sabedor destes conhecimentos,
tempos depois, fomos com o nosso Procurador Fiscal Adelino Braz de Queiroz ao
local indicados pelos conhecedores do assunto, em 25 de abril de 1928, e
munidos de pesada marreta emprestada por frei Vicente Maria Moreira,
conseguimos tirar alguns fragmentos, que enviamos para o diretor da “Informação
Goiana”, no Rio de Janeiro, major Henrique Silva, acompanhado de uma carta, com
precisas informações referentes ao caso; outro para a Escola de Minas de Ouro
Preto, solicitando classificação das amostras; e, finalmente, outro ao Dr.
Antônio Borges dos Santos, Delegado da Exposição Ibero-Americana de Servilha,
em Goiás.
Recebemos esta satisfatória resposta:
“Escola de Minas de Ouro Preto, em 28
de maio de 1928. Sr. Gelmires Reis – Santa Luzia – Estado de Goiás. Respondendo
sua carta de 30 de abril próximo passado, acompanhando uma pequena caixa de
amostras para estudos que me solicita com urgência. Satisfazendo seu pedido,
cabe-me informar que, efetivamente, trata-se de um meteorito autêntico pela
composição e estrutura. Pelas dimensões que me comunica, não é ele um meteorito
comum, já podendo entrar no rol dos grandes ferros. – A escola de Minas é um
velho Instituto Federal que recebe de todo Brasil a mocidade que deseja
aprender a ter curiosidade pelas coisas naturais do Brasil, de que possui uma
das mais ricas coleções. E, velha Escola, que tanto tem concorrido para o
conhecimento de nosso caro torrão, muito se honraria se pudesse ter o Santa
Luzia em lugar de honra em sua coleção. Se V. Excia. Concorda com este destino
pelo notável holosiderio, que é Santa Luzia, esta Diretoria providenciaria para
sua vinda, e nessa hipótese seria fineza indicar a firma pela qual se efetuaria
o transporte até Vianópolis, “Tavares”, e aproximadamente o custo desse
transporte. – Aguardando a fineza de sua resposta, antecipo agradecimentos e
com todo apreço subscrevo-me de V. S. Amo. Ato. e Obro. (assinado) Dr. Fleuri
da Rocha, Diretor”.
Por
sua vez, o major Henrique Silva mandou-nos o certificado da análise que vai
transcrita:
“Boletim de Análise de uma amostra do
meteorito SANTA LUZIA, apresentada pelo oficio nº 84.899 da Sociedade Nacional
de Agricultura, proveniente de 18 Km. Da cidade de Santa Luzia, Goiás. – Um
fragmento de 6,54 grs. Apresentava a seguinte composição: Fe 95.33%; Ni – 2,64;
Cu – 2,22; Co – 0,42; P – 0,39; e R. I. 0,92 por cento – Rio de Janeiro, 20 de
agosto de 1928 – Visto. (a) Eusébio de Oliveira, Diretor; Alexandre Giroto”.
De posse desses
documentos comprobatórios, fizemos barulho pela imprensa do Rio de Janeiro,
auxiliado pelo entusiasmo do Dr. Câmara Filho, representante d’O GLOBO. O
resultado não se fez esperar. O Dr. Antônio de Oliveira Lisboa, Secretario de
Obas Públicas, em nome do Presidente do Estado, dr. Brasil Ramos Caiado,
ofereceu o meteorito ao Museu Nacional. Em vista disso foi designado o
naturalista Nei Vidal, para providenciar o transporte, aqui chegando no dia 11
de setembro de 1928, encontrando sempre a nossa boa vontade em prestar-lhe
nossos serviços. Fizemos diversas viagens, a cavalo, ao local onde caiu o
meteorito, batendo chapas fotográficas. – Já encontrou o ilustre emissário do
Museu o resultado providências por tomadas, por ordem do Governo Estadual.
Empreitamos com o Senhor Sebastião Caneiro, por um conto de réis, o transporte
de meteorito até Vianópolis.
O embarque do mesmo, no local da queda, em 30 de
agosto de 1928, foi muito trabalhoso. No dia imediato, chegou a nossa cidade,
mas o carro quebrou, somente prosseguindo viagem, no dia 13 de setembro, sob a
responsabilidade do representante do Museu. Dr. Nei Vidal. Em data de 15, houve
o batismo do meteorito, na Ponte do Corumbá, com a presença de diversas
autoridades locais, dando-se-lhe o nome de SANTA LUZIA DE GOIÁS. A ata do
acontecimento histórico foi lavrada por nós e assinada por Nei Vidal, Artur
Ribeiro, Escolástica Ribeiro, Clovis R. Esselin, Manoel Gonçalves da Cruz,
Joaquim da Câmara Filho, Sebastião Carneiro de Mendonça, Alceu Galvão de
Velasco, José Rodrigues do Reis e Augusto Barreto. Registrada no livro nº 1 de
transcrições, de fls. 5 a 77, sob o nº 4, no Cartório do 2º Ofício de nossa
cidade, pelo 2º tabelião José Otávio do E. Santo.
Resumo do
Transporte: dia 17, em Vianópolis; embarcado, em 10 de outubro; dia 16, chegada
em Araguari; dia 18, em Uberaba; dia 23, em Campinas, São Paulo, onde foi
pesado; dia 26, seguiu para o Rio, com destino à Marítima, onde chegou a 3 de
novembro, sendo removido para o Museu nacional, no dia 5.
Guardamos com
desvelado carinho, honrosos telegramas recebidos de autoridades federais e
estaduais, louvando nossa dedicação, no cumprimento de ordens recebidas.
Pelo seu valor
histórico somente transcrevemos o que segue:
“Intendente
Municipal Gelmires Reis – Santa Luzia – Goiás – Tenho prazer comunicar
recebimento meteorito SANTA LUZIA que ficará neste Museu recordando Torrão
goiano. – Agradeço valioso concurso V.S. – Atenciosos cumprimentos. – (a) –
Roquete Pinto, Diretor Museu Nacional” – Este telegrama está datado de 5 de
novembro de 1928.
Nossa
modesta administração, iniciada em primeiro de novembro de 1927 e terminada em
vinte de novembro de 1930, conseguiu imortalizar o nome de nosso querido berço
natal com dois acontecimentos: O descobrimento e a remessa do meteorito de
SANTA LUZIA DE GOIÁS, para o Museu Nacional e a publicação do nosso DICIONÁRIO
GEOGRÁFICO DO MUNICÍPIO DE SANTA LUZIA, acompanhado do respectivo MAPA DESCRITIVO,
que discriminam bem as grandezas e magnificências desta Terra abençoada por
Deus, única em Goiás agraciada com o admirável “presente”, remetido dos
desconhecidos espaços interplanetários com endereço certo, para lhe aumentar a
fama e glória conquistadas, através dos tempos, desde seu descobrimento, por
seus ilustres e dedicados filhos.
Esperamos,
agora, pacientemente, a transferência do Museu Nacional para a incomparável
Brasília, a fim de podermos, demoradamente e vontade, admirar o nosso SANTA LUZIA
DE GOIÁS, ao lado de seu irmão BENDENGÓ, do mensageiro eterno, que vieram dizer
ao mundo o quanto o nosso maravilhoso BRASIL é amado querido até nas regiões
das estrelas.
(Texto de Gelmires Reis, publicado no jornal O Popular de 13 de Junho de
1976, pag. 05. Dos recortes de jornais da Casa da Cultura. Digitalizado e
Digitado por: José Álfio) Obs: Mais informação no portal do Museu de Astronomia
e Ciências Afins: www.mast.br
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
Casarão do Sr. Philemon Fenelon Meireles e Maria Alves Bitencourt. Foto: 2005. Acervo: Ong-protegerlza
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
PHILEMON FENELON MEIRELES
Filho de Francisco José Meireles e
Amélia Deolinda Roriz. Nasceu em 27 de Janeiro de 1880. Pouco se sabe do
período da infância. Segundo sua filha, Pérola Meireles de Brito, “Ele foi Juiz
de Direito, Delegado, Conselheiro (antigo vereador) e também Presbítero, além
de proprietário de várias fazendas e imóveis na antiga cidade de Luziânia”.
No dia 04 de Junho de 1917, Philemon
Fenelon Meireles casou-se com Maria Alves Bitencourt, e desse casamento tiveram
12 filhos: Amélia Meirelles Leverger, Ayres Meirelles, Andreia Meirelles dos
Reis, Abel Meirelles, Adbel Meirelles, Alzira Meirelles Dutra, Pérola Meirelles
de Brito, Gester Meirelles, Nazira Meirelles dos Santos, Erasmo Meirelles,
Chrisolita Meirelles, Cornelita Meirelles Silveira.
Proprietário
de grandes fazendas na região, numa área compreendida em três mil alqueires com
sede a poucos quilômetros de Luziânia, “da cabeceira do costa até no salgado,
na beira do Rio São Bartolomeu até a fazenda Santo Antônio de sua propriedade,
perfazia a extensão das terras do meu pai”, nos conta Pérola Meirelles. Na
fazenda Costa, uma das principais, possuía Engenho para feitura do açúcar e
também da rapadura, além do vinagre e licores e outros produtos para o consumo
na fazenda, que contava com um plantel com mais de 300 cabeças de gado. O
acesso a fazenda era feito através dos animais de montaria, num percurso que
consumia aproximadamente, duas horas do dia, e curioso que feito sobre o lombo
de Burros ou Mulas, “meu pai não gostava de andar a cavalo”.
Não
temos ainda, registros imagéticos da sede da Fazenda Costa, pois a mesma foi
demolida em data ainda incerta, entretanto, a filha do Sr. Philemon guarda na
memória momentos de lazer e diversão na fazenda, do tempo quando ainda criança,
“Ao lado do meu pai e irmãos, saiamos para pescar no leito do Rio São
Bartolomeu, momentos de muita alegria, retirávamos da terra as iscas, e
pegávamos vários peixes, desde piabas até o bagre que existia em quantidades
naquele rio... nos passeios inesquecíveis”. Outro costume bastante peculiar do
Sr Philemon foi da atividade ligada ao garimpo, pois com a proximidade da
cidade de Cristalina GO, era comum a presença da pedra do cristal e pequenas
quantidades de ouro que existiu nas terras do Sr. Philemon, nos fala com muita
emoção Pérola Meirelles.
Além
das fazendas, o Sr, Philemon mantinha um casarão colonial na cidade de
Luziânia, na antiga Rua da Cadeia, hoje Rua José de Melo onde manteve comércio
de secos e molhados. O casarão, de portais de aroeira e telhas de barro com
imenso quintal foi recebido como herança da mãe, Amélia Deolinda Roriz. As portas comerciais foram retiradas e a
construção adaptada com a retirada de alguns cômodos para dar lugar a uma nova
construção na lateral do imóvel.
No tempo do
comércio, “Ele buscava tecidos, cereais e ferramentas diversas em Araguari MG, para
provimento do armazém que mantinha em um dos cômodos frontais da casa.” Sobre a
participação dos filhos na administração do comercio é importante notar que,
“os filhos não participavam dos negócios comerciais, pois freqüentavam a escola
Americano do Brasil que ficava na Rua Coronel Antonio Carneiro”. Ressalta a Senhora Pérola Meirelles.
No
tempo em que o Sr. Philemon foi presbítero, membro do Conselho da Igreja
Presbiteriana Independente, bem como em outras ocasiões sociais e políticas,
manteve o costume de usar vestimentas que lhe impunha certo destaque no
ambiente social. “Ele gostava de usar ternos de Brin na cor caqui, (cor de
terra) e também usou ternos de linho branco, com chapéu de feltro.” (Pérola
Meirelles)
A religiosidade foi constante
nos dias que marcaram sua jornada aqui na terra, pois como nos informa Pérolo
Meirelles, “O tio, José Inácio Roriz, trouxe de Paracatu MG, o evangelho para a
cidade de Luziânia, convertendo a mãe, Amélia Deolinda Roriz, e assim ele (Filemon)
seguiu os princípios e crenças da mãe.” (Pérola Meirelles). O Senhor Philemon
Fenelon Meireles faleceu em 1957, com 77 anos, diagnosticado com pneumonia e
foi sepultado na fazenda “Piancó” onde existiu um cemitério, em Santa Luzia,
hoje cidade de Luziânia.
(Por: José Álfio e Pérola Meirelles)
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
Tinteiro de metal. Peça em metal fundido para acondicionamento de tintas, utilizado nos Serviços do Correio e Telegrafo de Luziânia. Na parte superior, tampas flexíveis para colocação da tinta. Objeto de uso do Sr. Sebastião Augusto Ferreira Leverger. Acervo: Espólio de Mirthes Leverger
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER
Nasceu em 19 de Janeiro de 1896,
na cidade de Morrinhos Go. Filho de Ernesto Augusto Ferreira Leverger e
Francelina Júlia de Figueiredo, que faleceu de parto em 1901. Sabe-se que
Ernesto Augusto Leverger, foi médico, oficial do exército, nasceu em Santa Cruz
de Goiás em 1850 e faleceu em Morrinhos Go, em 1909.
Importante destacar que O Sr.
Ernesto Augusto Leverger era descendente do “Barão de Melgaço”, Augusto
Leverger biografado por Visconde de Taunay. Augusto Leverger “Barão de Melgaço” nasceu em
Saint-Malô, França, em 1809 e faleceu em Cuiabá MT, em 1880, com 78 anos de
idade. Ele foi presidente da província de Mato Grosso por dois mandatos,
francês considerado herói da Guerra do Paraguai e que lutou ao lado do Brasil.
Sua espada, instrumento bélico, arma da guerra encontra-se em exposição no
Museu Histórico de Cuiabá MT.
Sebastião Augusto Ferreira Lewergger
ficou órfão de mãe com apenas 5 anos de idade e de pai aos 13 anos. “Com a
morte da mãe, Sebastião Lewergger, juntamente com irmãos foi morar na residência
do seu padrinho e também tutor, Coronel Hermenegildo Lopes de Moraes, em Vila
Bela de Nossa Senhora do Carmo, Morrinhos GO, período em que desenvolveu os
estudos escolares e também aprendeu o ofício de telegrafista”. Nos conta sua
filha Mirthes Leverger.
Na Década de vinte, depois de uma temporada em
Cristalina, Sebastião Augusto Ferreira Lewergger muda-se para Santa Luzia, hoje
cidade de Luziânia para implantação dos serviços do telegrafo, nesta época
casou-se com Lizenor Lizete Meireles, considerada primeira pintora de Luziânia,
filha única de Henrrique Meireles e Zenóbia Deolinda Roriz. ”A Minha mãe
mantinha um atelier no fundo da casa do telegrafo, onde pintava os quadros à
óleo” nos conta Laís Leverger. Por ser filha única Lizenor foi criada com os
cuidados e mimos que os pais podiam lhe proporcionar nos padrões da época com
presentes que iam de imóveis a peças de ouro. “O meu avô, Henrrique Roriz
Meireles era chamado de Tetête e ofereceu de presente pra minha mãe, uma
tesoura de ouro pra ela cortar as unhas, além de muitos bens, que incluía casas
e fazendas, mas que muito se perdeu em função da pratica do jogo, muito comum
na sociedade daquela época, das apostas, empreendidas pelo esposo, nos cassinos
da cidade”, nos conta Aida Leverger.
Importante frisar que a Zenóbia Deolinda
Meireles foi considerada como representante da única família de evangélicos em
Luziânia, naquela época, seguida por membros dos matos que “frequentavam a
igreja presbiteriana que existiu em um casarão na Rua José de Melo. Neste
casarão funcionou a Igreja Presbiteriana de Luziânia, ali tinha um órgão que
toquei por mais de 10 anos”, nos conta Laiz Leverger Piccirilli.
Do casamento de Sebastião Augusto
Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles tiveram 11 filhos: Lais Leverger
Picirilli, Mirtes Leverger Picirilli, Wilde Leverger, Sebastião Leverger Filho
(falecido), Zilda Leverger Barbosa, Dalci Leverger (falecida), Maria Dalci
Leverger de Queiroz, Ione Leverger de Melo, Maria de Lurdes Leverger Prates,
Aida Leverger de Araújo, Jose Leverger (falecido)
O casarão onde funcionou o primeiro
telégrafo de Luziânia ficava na rua 13 de dezembro que passou a chamar Rua
Coronel Antônio Carneiro. O casarão pertenceu à família de Henrique Meireles e
integrou o patrimônio de Lizenor Lizete Meireles. “Na casa tinha um cômodo onde
funcionaram os equipamentos do telegrafo, e tinha um quintal imenso, que ia de
uma rua a outra, cheio de plantas do café que colhíamos para o ano inteiro,
além de outras qualidades de frutas”.
Os equipamentos do telegrafo
ficaram na memória das filhas principalmente da Dona Mirthes Leverger que foi operadora
do telegrafo. “Lembro-me das garrafas com líquido azul, mistura de sulfato de
cobre com zinco, de onde saiam fios, uma espécie de bateria preparada em casa
mesmo que fazia funcionar o morse. Um
aparelho quadrado com uma espécie de martelinho para enviar os sinais para
serem decodificados. Marca Siems Halske”
O funcionamento do telegrafo se
integrou aos serviços do correio ficando na memória dos administradores do
telegrafo personalidades que contribuíram para o progresso da comunicação
nacional, Salustiano Barbosa dos Santos e Benedito de Araújo Melo, que fazia a
parte administrativa recebia e despachava correspondências, Além de Antônio
Reis, que foi funcionário dos correios e telégrafos e o guarda fio, Argemiro da
Fonseca Pinto, Francisco Elias Meireles, Gentil Meireles, e Salazar.
Sebastião Augusto Ferreira de
Lewergger, no ano de 1944 perdeu sua esposa que, faleceu por problemas de parto
aos 40 anos de idade. Mudando-se para Goiânia deixou o correio e telégrafos aos
cuidados da filha Mirthes Leverger. Em Goiânia Casou-se com Rosita Godinho,
natural de Goiás Velho.
Fato curioso digno de nota se refere ao
pseudônimo “Ferreira” ligado ao seu nome: “No terceiro casamento do meu pai, A
Baronesa de Limeira, Dona do Jornal do Brasil, veio a Goiânia solicitar a
retirada do pseudônimo Ferreira, para que assim, juntamente com dois oficiais
das Agulhas Negras recebesse uma herança ligada à família
Leverger, e com a recusa, ele preservou o nome da mãe e não quis a herança”.
Nos fala a artista plástica e também pintora Laís Leverger. Sebastião Augusto
Ferreira Lewergger faleceu em 18 de novembro de 1978, na cidade de Goiânia GO.
(Por José Álfio, Mithes Leverger, Laís Leverger, Aída Leverger, alem de dados
históricos do livro: Do Barro Preto ao Planalto Central de Bento Fleury e Dr. Lúcio Arantes), Conforme atualização de dados propostos por: Lizenor Lizete Meireles.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
ADELINO ELIAS DOS REIS
Adelino Elias dos
Reis Nasceu em 12 de novembro de 1872 em Santa Luzia, hoje Luziânia Go. Filho
de Manoel Elias dos Reis e Margarida Alves de Mendonça, família tradicional da
antiga Santa Luzia. Seus pais tudo fizeram para criar os seus filhos na
religião e na honestidade.
No
ano de 1920 casou-se com Luzia Chaves Roriz tendo os seguintes filhos: Maria
Chaves do Rosário, Haydeia Chaves Reis,
Geny Cecília dos Reis, Ithamar José dos Reis, Diná Chaves Reis, Lenir Adelino Reis, Nilo Chaves Reis,
Alair Chaves Reis.
Adelino
Elias dos Reis foi proprietário do sítio Almeida e ali, “fabricava telhas e tijolos na olaria
que tinha, a margem esquerda do Rio Vermelho nas proximidades da cidade” nos
conta seu filho Lenir Adelino Reis. Em
12 de abril de 1927 comprou o sítio Fumal compreendido em 30 alqueires de terra
de boa qualidade e pastagem, situada a mais ou menos três quilômetros do centro
da cidade. Na fazenda “desenvolvia
atividades agrícolas, fazia farinha, goma rapadura, cuja cana era moída numa
engenhoca, hortaliças etc”. (Lenir Adelino Reis)
Sua filha,
Geny Cecília dos Reis nos conta da época em que freqüentava a fazenda “Tenho
saudade das sombras das árvores, e principalmente da quantidade de frutas do
quintal. Naquele tempo as famílias eram unidas, íamos quase todos os dias pra
fazenda em função da proximidade com a nossa casa de morar. A sede da fazenda
era de edificação bastante rústica, e com o passar do tempo foi abandonada e
perdendo suas estruturas, deteriorando-se ruiu-se ao chão, não restando vestígios da sua construção”
Sr. Adelino foi proprietário de um fabuloso casarão onde
residiu por muito tempo juntamente com sua família. Situava-se na Rua Dez de
Novembro, hoje, Coronel Antônio Carneiro, “uma casa colonial grande, anexa a
dois terrenos de 4 alqueires, usados na sua maior parte como pasto e na menor
como quintal com árvores frutíferas.
Havia à distância de uma quadra, outra casa rústica que nós chamávamos de
chacrinha. Realmente estas propriedades constituíam uma chácara dentro da
cidade. A última casa era sempre cedida ou alugada”. (Lenir Adelino Reis).
Estas áreas localizavam-se na parte oeste da rua, na direção do setor fumal,
local da antiga fazenda.
Importante
ressaltar que: “Os pastos, já mencionados eram separados um do outro pela “Rua
do Sossego” que mais parecia um risco de chão batido, mais adiante enfeitada
por uma fileira de bambuzal. O pasto anexo às casas era cercado a muro com
adobes e com o histórico muro de barro revelando a presença do trabalho
escravo. Outro era cercado por cerca de arame e valo”. (Lenir Adelino Reis).
O casarão foi
construído pelo Sr. Adelino, como nos conta a Sra Geny “Meu pai equipou
os cômodos da casa com móveis colônias de madeira de lei, mantendo assim
todo o conforto da época , além disso, trouxe água do fumal até a nossa residência. A água limpa
e cristalina chegava através de um pequeno leito e passava pela casa, quintal e
o curral que ficava logo ao lado da nossa casa.” Entre os vizinhos do casarão é
importante ressaltar os laços familiares que sempre uniu o casal e as famílias
locais. A Sra Geny cita entre os vizinhos a sua tia Luca (Lucrécia Alves de
Mendonça) que visitava freqüentemente, e também o seu Tio, Sebastião Elias dos
Reis, com residência próxima a família do Sr. Adelino.
Neste casarão
o Sr. Adelino manteve um a loja de comercio de roupas, ferramentas e acessórios
por muitos anos. A Sra Geny nos conta que “as mercadorias vinham de São
Paulo e um viajante por nome de Costinha
vendia as mercadorias para o meu pai. Naquele tempo, nos todos éramos pequenos
e não participava diretamente da administração da loja,”
Sr. Adelino,
homem honrado, humilde e trabalhador, amava sua família para qual viveu intensamente,
juntamente com a participação da sua esposa Luzia Chaves Roriz. “Mãe era uma
pessoa muito caridosa. Fez centenas de partos, a maioria de seus netos e netas,
foram assistidos por ela com total sucesso. Adquiriu com o Dr Americano muita
prática. Ele era compadre da minha mãe por ter batizado o filho Itamar”. Dos
filhos casados, legaram nossos pais, 29 netos, 45 bisnetos, 18 trinetos e 01
tataraneto. (Lenir Adelino Reis)
Devido a sua cidadania,
dignidade e nobreza de caráter foi concedido ao Sr. Adelino Elias dos Reis,
“Posto de Major” pelo Presidente da República Dr Delfim Moreira da Costa
Ribeiro que na época substituía o presidente eleito, Dr. Rodrigues Alves”. ( Lenir Adelino Reis). Sr. Adelino Elias dos
Reis, faleceu em 04 de setembro de 1942. (por: José Álfio, Geny Cecília dos
Reis e Lenir Adelino Reis)
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
TAMBORIL DE LUZIÂNIA GO
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