Filho de Francisco José Meireles e
Amélia Deolinda Roriz. Nasceu em 27 de Janeiro de 1880. Pouco se sabe do
período da infância. Segundo sua filha, Pérola Meireles de Brito, “Ele foi Juiz
de Direito, Delegado, Conselheiro (antigo vereador) e também Presbítero, além
de proprietário de várias fazendas e imóveis na antiga cidade de Luziânia”.
No dia 04 de Junho de 1917, Philemon
Fenelon Meireles casou-se com Maria Alves Bitencourt, e desse casamento tiveram
12 filhos: Amélia Meirelles Leverger, Ayres Meirelles, Andreia Meirelles dos
Reis, Abel Meirelles, Adbel Meirelles, Alzira Meirelles Dutra, Pérola Meirelles
de Brito, Gester Meirelles, Nazira Meirelles dos Santos, Erasmo Meirelles,
Chrisolita Meirelles, Cornelita Meirelles Silveira.
Proprietário
de grandes fazendas na região, numa área compreendida em três mil alqueires com
sede a poucos quilômetros de Luziânia, “da cabeceira do costa até no salgado,
na beira do Rio São Bartolomeu até a fazenda Santo Antônio de sua propriedade,
perfazia a extensão das terras do meu pai”, nos conta Pérola Meirelles. Na
fazenda Costa, uma das principais, possuía Engenho para feitura do açúcar e
também da rapadura, além do vinagre e licores e outros produtos para o consumo
na fazenda, que contava com um plantel com mais de 300 cabeças de gado. O
acesso a fazenda era feito através dos animais de montaria, num percurso que
consumia aproximadamente, duas horas do dia, e curioso que feito sobre o lombo
de Burros ou Mulas, “meu pai não gostava de andar a cavalo”.
Não
temos ainda, registros imagéticos da sede da Fazenda Costa, pois a mesma foi
demolida em data ainda incerta, entretanto, a filha do Sr. Philemon guarda na
memória momentos de lazer e diversão na fazenda, do tempo quando ainda criança,
“Ao lado do meu pai e irmãos, saiamos para pescar no leito do Rio São
Bartolomeu, momentos de muita alegria, retirávamos da terra as iscas, e
pegávamos vários peixes, desde piabas até o bagre que existia em quantidades
naquele rio... nos passeios inesquecíveis”. Outro costume bastante peculiar do
Sr Philemon foi da atividade ligada ao garimpo, pois com a proximidade da
cidade de Cristalina GO, era comum a presença da pedra do cristal e pequenas
quantidades de ouro que existiu nas terras do Sr. Philemon, nos fala com muita
emoção Pérola Meirelles.
Além
das fazendas, o Sr, Philemon mantinha um casarão colonial na cidade de
Luziânia, na antiga Rua da Cadeia, hoje Rua José de Melo onde manteve comércio
de secos e molhados. O casarão, de portais de aroeira e telhas de barro com
imenso quintal foi recebido como herança da mãe, Amélia Deolinda Roriz. As portas comerciais foram retiradas e a
construção adaptada com a retirada de alguns cômodos para dar lugar a uma nova
construção na lateral do imóvel.
No tempo do
comércio, “Ele buscava tecidos, cereais e ferramentas diversas em Araguari MG, para
provimento do armazém que mantinha em um dos cômodos frontais da casa.” Sobre a
participação dos filhos na administração do comercio é importante notar que,
“os filhos não participavam dos negócios comerciais, pois freqüentavam a escola
Americano do Brasil que ficava na Rua Coronel Antonio Carneiro”. Ressalta a Senhora Pérola Meirelles.
No
tempo em que o Sr. Philemon foi presbítero, membro do Conselho da Igreja
Presbiteriana Independente, bem como em outras ocasiões sociais e políticas,
manteve o costume de usar vestimentas que lhe impunha certo destaque no
ambiente social. “Ele gostava de usar ternos de Brin na cor caqui, (cor de
terra) e também usou ternos de linho branco, com chapéu de feltro.” (Pérola
Meirelles)
A religiosidade foi constante
nos dias que marcaram sua jornada aqui na terra, pois como nos informa Pérolo
Meirelles, “O tio, José Inácio Roriz, trouxe de Paracatu MG, o evangelho para a
cidade de Luziânia, convertendo a mãe, Amélia Deolinda Roriz, e assim ele (Filemon)
seguiu os princípios e crenças da mãe.” (Pérola Meirelles). O Senhor Philemon
Fenelon Meireles faleceu em 1957, com 77 anos, diagnosticado com pneumonia e
foi sepultado na fazenda “Piancó” onde existiu um cemitério, em Santa Luzia,
hoje cidade de Luziânia.
(Por: José Álfio e Pérola Meirelles)