sexta-feira, 2 de outubro de 2015

PHILEMON FENELON MEIRELES

            
          Filho de Francisco José Meireles e Amélia Deolinda Roriz. Nasceu em 27 de Janeiro de 1880. Pouco se sabe do período da infância. Segundo sua filha, Pérola Meireles de Brito, “Ele foi Juiz de Direito, Delegado, Conselheiro (antigo vereador) e também Presbítero, além de proprietário de várias fazendas e imóveis na antiga cidade de Luziânia”.
            No dia 04 de Junho de 1917, Philemon Fenelon Meireles casou-se com Maria Alves Bitencourt, e desse casamento tiveram 12 filhos: Amélia Meirelles Leverger, Ayres Meirelles, Andreia Meirelles dos Reis, Abel Meirelles, Adbel Meirelles, Alzira Meirelles Dutra, Pérola Meirelles de Brito, Gester Meirelles, Nazira Meirelles dos Santos, Erasmo Meirelles, Chrisolita Meirelles, Cornelita Meirelles Silveira.
                Proprietário de grandes fazendas na região, numa área compreendida em três mil alqueires com sede a poucos quilômetros de Luziânia, “da cabeceira do costa até no salgado, na beira do Rio São Bartolomeu até a fazenda Santo Antônio de sua propriedade, perfazia a extensão das terras do meu pai”, nos conta Pérola Meirelles. Na fazenda Costa, uma das principais, possuía Engenho para feitura do açúcar e também da rapadura, além do vinagre e licores e outros produtos para o consumo na fazenda, que contava com um plantel com mais de 300 cabeças de gado. O acesso a fazenda era feito através dos animais de montaria, num percurso que consumia aproximadamente, duas horas do dia, e curioso que feito sobre o lombo de Burros ou Mulas, “meu pai não gostava de andar a cavalo”.
                Não temos ainda, registros imagéticos da sede da Fazenda Costa, pois a mesma foi demolida em data ainda incerta, entretanto, a filha do Sr. Philemon guarda na memória momentos de lazer e diversão na fazenda, do tempo quando ainda criança, “Ao lado do meu pai e irmãos, saiamos para pescar no leito do Rio São Bartolomeu, momentos de muita alegria, retirávamos da terra as iscas, e pegávamos vários peixes, desde piabas até o bagre que existia em quantidades naquele rio... nos passeios inesquecíveis”. Outro costume bastante peculiar do Sr Philemon foi da atividade ligada ao garimpo, pois com a proximidade da cidade de Cristalina GO, era comum a presença da pedra do cristal e pequenas quantidades de ouro que existiu nas terras do Sr. Philemon, nos fala com muita emoção Pérola Meirelles.
                Além das fazendas, o Sr, Philemon mantinha um casarão colonial na cidade de Luziânia, na antiga Rua da Cadeia, hoje Rua José de Melo onde manteve comércio de secos e molhados. O casarão, de portais de aroeira e telhas de barro com imenso quintal foi recebido como herança da mãe, Amélia Deolinda Roriz.  As portas comerciais foram retiradas e a construção adaptada com a retirada de alguns cômodos para dar lugar a uma nova construção na lateral do imóvel.
No tempo do comércio, “Ele buscava tecidos, cereais e ferramentas diversas em Araguari MG, para provimento do armazém que mantinha em um dos cômodos frontais da casa.” Sobre a participação dos filhos na administração do comercio é importante notar que, “os filhos não participavam dos negócios comerciais, pois freqüentavam a escola Americano do Brasil que ficava na Rua Coronel Antonio Carneiro”.  Ressalta a Senhora Pérola Meirelles.
                No tempo em que o Sr. Philemon foi presbítero, membro do Conselho da Igreja Presbiteriana Independente, bem como em outras ocasiões sociais e políticas, manteve o costume de usar vestimentas que lhe impunha certo destaque no ambiente social. “Ele gostava de usar ternos de Brin na cor caqui, (cor de terra) e também usou ternos de linho branco, com chapéu de feltro.” (Pérola Meirelles)
                 A religiosidade foi constante nos dias que marcaram sua jornada aqui na terra, pois como nos informa Pérolo Meirelles, “O tio, José Inácio Roriz, trouxe de Paracatu MG, o evangelho para a cidade de Luziânia, convertendo a mãe, Amélia Deolinda Roriz, e assim ele (Filemon) seguiu os princípios e crenças da mãe.” (Pérola Meirelles). O Senhor Philemon Fenelon Meireles faleceu em 1957, com 77 anos, diagnosticado com pneumonia e foi sepultado na fazenda “Piancó” onde existiu um cemitério, em Santa Luzia, hoje cidade de Luziânia.

(Por: José Álfio e Pérola Meirelles)