quarta-feira, 23 de setembro de 2015

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Casarão da Igreja Presbiteriana. Neste casarão tinha um órgão (instrumento musical) que a senhora Laiz Leverger tocou por mais de 10 anos.Foto: José Álfio. Acervo: Ong-protegerlza

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Casarão do Telegrafo. Pertenceu ao Sr. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles. Situava-se na antiga Rua Treze de Dezembro, atual Rua Coronel Antônio Carneiro, em Luziânia GO. Foto. Acervo de: Laís Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER

Tinteiro de metal. Peça em metal fundido para acondicionamento de tintas, utilizado nos Serviços do Correio e Telegrafo de Luziânia. Na parte superior, tampas flexíveis para colocação da tinta. Objeto de uso do Sr. Sebastião Augusto Ferreira Leverger. Acervo: Espólio de Mirthes Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Cadeira Giratória em Jacarandá. Com trançado em palhinha sintética pertenceu ao Sr. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e integrou as instalações mobiliárias do Correio e Telegrafo de Luziânia. Acervo : Espólio de Mirtes Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Geralda Aparecida Reis, Salustiano Barbosa dos Santos (Guarda Fio), Laís Leverger. Foto. Acervo de : Laís Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger e Dalci Leverger, momento de preparativos para o dia de finados, em frente ao casarão onde funcionou o Telégrafo de Luziânia. Mais a frente, aparece o casarão de Benedita da Silva Ribeiro "Benditinha", na antiga Rua Treze de Dezembro, atual Coronel Antônio Carneiro. Foto. 02/11/1948. Acervo de Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger. Filha de Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles, Artista Plástica e Musicista, tocou órgão por mais de dez anos na primeira Igreja Presbiteriana de Luziânia. Foto. 1944. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Laís Leverger, Wilde Leverger e Mirthes Leverger. Foto. 1927, Estúdio fotográfico do Sr. Antônio Retratista. Acervo de: Aída Leverger

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Em pé. Lais Lewerger, Wilde Leverger e Mirthes Leverger. Sentadas: Zilda Leverger, Maria de Lourdes (com boneca), Lizenor Lizete Meireles, Aída Leverger (no colo), Ione Leverger, Zilda Leverger. Foto. 14/04/1942. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Lizenor Lizete Meireles. Nasceu em Luziânia, em 1900 e faleceu em 1944. Foi criada com os cuidados e mimos que os pais podiam lhe proporcionar nos padrões da época com presentes que iam de imóveis a peças de ouro. Foto. Acervo de: Laís Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER


Lizenor Lizete Meireles, Filha de Henrique Meireles e Zenóbia Deolinda Roriz. Considerada primeira pintora de Luziânia. Foto. Acervo de: Mirthes Leverger.

SEBASTIÃO AUGUSTO FERREIRA LEWERGGER



      Nasceu em 19 de Janeiro de 1896, na cidade de Morrinhos Go. Filho de Ernesto Augusto Ferreira Leverger e Francelina Júlia de Figueiredo, que faleceu de parto em 1901. Sabe-se que Ernesto Augusto Leverger, foi médico, oficial do exército, nasceu em Santa Cruz de Goiás em 1850 e faleceu em Morrinhos Go, em 1909.
     Importante destacar que O Sr. Ernesto Augusto Leverger era descendente do “Barão de Melgaço”, Augusto Leverger biografado por Visconde de Taunay.  Augusto Leverger “Barão de Melgaço” nasceu em Saint-Malô, França, em 1809 e faleceu em Cuiabá MT, em 1880, com 78 anos de idade. Ele foi presidente da província de Mato Grosso por dois mandatos, francês considerado herói da Guerra do Paraguai e que lutou ao lado do Brasil. Sua espada, instrumento bélico, arma da guerra encontra-se em exposição no Museu Histórico de Cuiabá MT.
      Sebastião Augusto Ferreira Lewergger ficou órfão de mãe com apenas 5 anos de idade e de pai aos 13 anos. “Com a morte da mãe, Sebastião Lewergger, juntamente com irmãos foi morar na residência do seu padrinho e também tutor, Coronel Hermenegildo Lopes de Moraes, em Vila Bela de Nossa Senhora do Carmo, Morrinhos GO, período em que desenvolveu os estudos escolares e também aprendeu o ofício de telegrafista”. Nos conta sua filha Mirthes Leverger.
      Na Década de vinte, depois de uma temporada em Cristalina, Sebastião Augusto Ferreira Lewergger muda-se para Santa Luzia, hoje cidade de Luziânia para implantação dos serviços do telegrafo, nesta época casou-se com Lizenor Lizete Meireles, considerada primeira pintora de Luziânia, filha única de Henrrique Meireles e Zenóbia Deolinda Roriz. ”A Minha mãe mantinha um atelier no fundo da casa do telegrafo, onde pintava os quadros à óleo” nos conta Laís Leverger. Por ser filha única Lizenor foi criada com os cuidados e mimos que os pais podiam lhe proporcionar nos padrões da época com presentes que iam de imóveis a peças de ouro. “O meu avô, Henrrique Roriz Meireles era chamado de Tetête e ofereceu de presente pra minha mãe, uma tesoura de ouro pra ela cortar as unhas, além de muitos bens, que incluía casas e fazendas, mas que muito se perdeu em função da pratica do jogo, muito comum na sociedade daquela época, das apostas, empreendidas pelo esposo, nos cassinos da cidade”, nos conta Aida Leverger.
        Importante frisar que a Zenóbia Deolinda Meireles foi considerada como representante da única família de evangélicos em Luziânia, naquela época, seguida por membros dos matos que “frequentavam a igreja presbiteriana que existiu em um casarão na Rua José de Melo. Neste casarão funcionou a Igreja Presbiteriana de Luziânia, ali tinha um órgão que toquei por mais de 10 anos”, nos conta Laiz Leverger Piccirilli. 
        Do casamento de Sebastião Augusto Ferreira Lewergger e Lizenor Lizete Meireles tiveram 11 filhos: Lais Leverger Picirilli, Mirtes Leverger Picirilli, Wilde Leverger, Sebastião Leverger Filho (falecido), Zilda Leverger Barbosa, Dalci Leverger (falecida), Maria Dalci Leverger de Queiroz, Ione Leverger de Melo, Maria de Lurdes Leverger Prates, Aida Leverger de Araújo, Jose Leverger (falecido)
         O casarão onde funcionou o primeiro telégrafo de Luziânia ficava na rua 13 de dezembro que passou a chamar Rua Coronel Antônio Carneiro. O casarão pertenceu à família de Henrique Meireles e integrou o patrimônio de Lizenor Lizete Meireles. “Na casa tinha um cômodo onde funcionaram os equipamentos do telegrafo, e tinha um quintal imenso, que ia de uma rua a outra, cheio de plantas do café que colhíamos para o ano inteiro, além de outras qualidades de frutas”.
        Os equipamentos do telegrafo ficaram na memória das filhas principalmente da Dona Mirthes Leverger que foi operadora do telegrafo. “Lembro-me das garrafas com líquido azul, mistura de sulfato de cobre com zinco, de onde saiam fios, uma espécie de bateria preparada em casa mesmo que fazia funcionar o morse.  Um aparelho quadrado com uma espécie de martelinho para enviar os sinais para serem decodificados. Marca Siems Halske”
    O funcionamento do telegrafo se integrou aos serviços do correio ficando na memória dos administradores do telegrafo personalidades que contribuíram para o progresso da comunicação nacional, Salustiano Barbosa dos Santos e Benedito de Araújo Melo, que fazia a parte administrativa recebia e despachava correspondências, Além de Antônio Reis, que foi funcionário dos correios e telégrafos e o guarda fio, Argemiro da Fonseca Pinto, Francisco Elias Meireles, Gentil Meireles, e Salazar.
      Sebastião Augusto Ferreira de Lewergger, no ano de 1944 perdeu sua esposa que, faleceu por problemas de parto aos 40 anos de idade. Mudando-se para Goiânia deixou o correio e telégrafos aos cuidados da filha Mirthes Leverger. Em Goiânia Casou-se com Rosita Godinho, natural de Goiás Velho.

      Fato curioso digno de nota se refere ao pseudônimo “Ferreira” ligado ao seu nome: “No terceiro casamento do meu pai, A Baronesa de Limeira, Dona do Jornal do Brasil, veio a Goiânia solicitar a retirada do pseudônimo Ferreira, para que assim, juntamente com dois oficiais das Agulhas Negras recebesse uma herança ligada à família Leverger, e com a recusa, ele preservou o nome da mãe e não quis a herança”. Nos fala a artista plástica e também pintora Laís Leverger. Sebastião Augusto Ferreira Lewergger faleceu em 18 de novembro de 1978, na cidade de Goiânia GO. 
         (Por José Álfio, Mithes Leverger, Laís Leverger, Aída Leverger, alem de dados históricos do livro: Do Barro Preto ao Planalto Central de Bento Fleury e Dr. Lúcio Arantes), Conforme atualização de dados propostos por: Lizenor Lizete Meireles.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ADELINO ELIAS DOS REIS


Mão de faríz. (comumente conhecido como socador de alho). Objeto confeccionado em bronze. Pertenceu ao Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Utensilio doméstico utilizado para triturar condimentos.Mede 18 X 14 aproximadamente. Acervo: Geny Cecilia dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Chave do casarão do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Confeccionada em ferro fundido, medindo aproximadamente 12 cm. Acervo de: Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Casarão do Sr Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Situava-se na antiga Rua Dez de Novembro, hoje Coronel Antônio Carneiro, neste casarão funcionou a loja comercial do Sr. Adelino. O casarão ficava anexo a dois terrenos usados na sua maior parte como pasto e na menor como quintal com árvores frutíferas. Foto: Acervo: Ong-protegerlza.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Lenir Adelino Reis. Filho de Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Agrimensor e exímio professor de matemática. Lecionou nas principais escolas de Luziânia. Elaborou um fabuloso manuscrito com a historia do Sr Adelino Elias dos Reis. Foto: Acervo de Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Haydeia Chaves Reis. Filha do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Foto 1943. "Os atributos da beleza lhe renderam o título de Miss Luziânia.Entretanto não deu muita importância ao título dedicando-se a parte religiosa e intelectual" (Geny Cecília dos Reis). foto acervo de: Geny Reis.  

ADELINO ELIAS DOS REIS


Geny Cecília dos Reis. Filha do Sr. Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Atuou na área do ensino com coragem e determinação desde o ano de 1958 quando do inicio da construção de  Brasilia se tornando pioneira de destaque da região. Foto. Acervo de: Geny Cecília dos Reis

ADELINO ELIAS DOS REIS


Família do Sr. Adelino Elias dos Reis. Sentados: Itamar José dos Reis, Luzia Chaves Roriz, Maria Chaves do Rosário (No colo, a Neta de Dna Luzia, Elza Rodrigues Chaves), Geraldo Rodrigues da Costa (Genro de Dona Luzia Chaves) e a filha do Sr.Geraldo, Eliene Rodrigues Chaves. Em pé: Alair Chaves Reis, Nilo Chaves Reis, Geny Cecília dos Reis, Haydeia Chaves Reis, Diná Chaves Reis, Lenir Adelino Reis.Foto: 1950. Acervo de: Geny Cecília dos Reis.

ADELINO ELIAS DOS REIS


Adelino Elias dos Reis e Luzia Chaves Roriz. Foto: 1920. Acervo de: Geny Cecilia dos Reis

ADELINO ELIAS DOS REIS



Adelino Elias dos Reis Nasceu em 12 de novembro de 1872 em Santa Luzia, hoje Luziânia Go. Filho de Manoel Elias dos Reis e Margarida Alves de Mendonça, família tradicional da antiga Santa Luzia. Seus pais tudo fizeram para criar os seus filhos na religião e na honestidade.
                No ano de 1920 casou-se com Luzia Chaves Roriz tendo os seguintes filhos: Maria Chaves do Rosário, Haydeia Chaves  Reis, Geny Cecília dos Reis, Ithamar José dos Reis, Diná Chaves  Reis, Lenir Adelino Reis, Nilo Chaves Reis, Alair Chaves Reis.
                Adelino Elias dos Reis foi proprietário do sítio Almeida  e ali, “fabricava telhas e tijolos na olaria que tinha, a margem esquerda do Rio Vermelho nas proximidades da cidade” nos conta seu filho Lenir Adelino Reis.  Em 12 de abril de 1927 comprou o sítio Fumal compreendido em 30 alqueires de terra de boa qualidade e pastagem, situada a mais ou menos três quilômetros do centro da cidade.  Na fazenda “desenvolvia atividades agrícolas, fazia farinha, goma rapadura, cuja cana era moída numa engenhoca, hortaliças etc”. (Lenir Adelino Reis)
Sua filha, Geny Cecília dos Reis nos conta da época em que freqüentava a fazenda “Tenho saudade das sombras das árvores, e principalmente da quantidade de frutas do quintal. Naquele tempo as famílias eram unidas, íamos quase todos os dias pra fazenda em função da proximidade com a nossa casa de morar. A sede da fazenda era de edificação bastante rústica, e com o passar do tempo foi abandonada e perdendo suas estruturas, deteriorando-se ruiu-se ao chão,  não restando vestígios da sua construção”
Sr. Adelino  foi proprietário de um fabuloso casarão onde residiu por muito tempo juntamente com sua família. Situava-se na Rua Dez de Novembro, hoje, Coronel Antônio Carneiro, “uma casa colonial grande, anexa a dois terrenos de 4 alqueires, usados na sua maior parte como pasto e na menor como quintal com árvores  frutíferas. Havia à distância de uma quadra, outra casa rústica que nós chamávamos de chacrinha. Realmente estas propriedades constituíam uma chácara dentro da cidade. A última casa era sempre cedida ou alugada”. (Lenir Adelino Reis). Estas áreas localizavam-se na parte oeste da rua, na direção do setor fumal, local da antiga fazenda.  
Importante ressaltar que: “Os pastos, já mencionados eram separados um do outro pela “Rua do Sossego” que mais parecia um risco de chão batido, mais adiante enfeitada por uma fileira de bambuzal. O pasto anexo às casas era cercado a muro com adobes e com o histórico muro de barro revelando a presença do trabalho escravo. Outro era cercado por cerca de arame e valo”. (Lenir Adelino Reis).
O casarão foi construído pelo Sr. Adelino, como nos conta a Sra Geny “Meu pai  equipou  os cômodos da casa com móveis colônias de madeira de lei, mantendo assim todo o conforto da época , além disso, trouxe água  do fumal até a nossa residência. A água limpa e cristalina chegava através de um pequeno leito e passava pela casa, quintal e o curral que ficava logo ao lado da nossa casa.” Entre os vizinhos do casarão é importante ressaltar os laços familiares que sempre uniu o casal e as famílias locais. A Sra Geny cita entre os vizinhos a sua tia Luca (Lucrécia Alves de Mendonça) que visitava freqüentemente, e também o seu Tio, Sebastião Elias dos Reis, com residência próxima a família do Sr. Adelino.
Neste casarão o Sr. Adelino manteve um a loja de comercio de roupas, ferramentas e acessórios por muitos anos. A Sra Geny nos conta que “as mercadorias vinham de São Paulo  e um viajante por nome de Costinha vendia as mercadorias para o meu pai. Naquele tempo, nos todos éramos pequenos e não participava diretamente da administração da loja,”
Sr. Adelino, homem honrado, humilde e trabalhador, amava sua família para qual viveu intensamente, juntamente com a participação da sua esposa Luzia Chaves Roriz. “Mãe era uma pessoa muito caridosa. Fez centenas de partos, a maioria de seus netos e netas, foram assistidos por ela com total sucesso. Adquiriu com o Dr Americano muita prática. Ele era compadre da minha mãe por ter batizado o filho Itamar”. Dos filhos casados, legaram nossos pais, 29 netos, 45 bisnetos, 18 trinetos e 01 tataraneto. (Lenir Adelino Reis)

Devido a sua cidadania, dignidade e nobreza de caráter foi concedido ao Sr. Adelino Elias dos Reis, “Posto de Major” pelo Presidente da República Dr Delfim Moreira da Costa Ribeiro que na época substituía o presidente eleito, Dr. Rodrigues Alves”.  ( Lenir Adelino Reis). Sr. Adelino Elias dos Reis, faleceu em 04 de setembro de 1942. (por: José Álfio, Geny Cecília dos Reis e Lenir Adelino Reis)